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Comentário do Evangelho: A missão da comunidade

Confusão entre público e estatal é entrave à comunicação pública no país

via IHU Online*

Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus. Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse ainda: «Quando vocês entrarem numa casa, fiquem aí até partirem. Se vocês forem mal recebidos num lugar, e o povo não escutar vocês, quando saírem, sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles.» Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo.

Leitura do Evangelho de Marcos 6,7-13 (Correspondente ao 15° Domingo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico). O comentário é de Ana Maria Casarotti, Missionária de Cristo Ressuscitado.

A missão da comunidade

O texto do Evangelho situa-se logo depois da rejeição sofrida por Jesus em Nazaré (Mc 6,1-6). Uma vez mais vemos que Jesus não fica parado diante da incompreensão ou incredulidade das pessoas, mas cria novas forças missionárias!

É o que acontece no texto que nos é proposto para refletir neste domingo: “Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus”.

Marcos narra um novo começo. Jesus inicia a sua comunidade de discípulos e discípulas, na missão, que é a mesma que a dele! Para isso os escolheu, agora os envia e dá-lhes o mesmo poder que Ele tem.

Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium o Papa Francisco ressalta que: “Todos têm o direito de receber o Evangelho”. “Sonho com uma opção missionária”, escreve Francisco, “capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação”. Em particular, Francisco pede uma Igreja marcada por uma paixão especial pelos pobres e pela paz. (Disponível: O sonho de Francisco. Um catolicismo mais missionário, misericordioso e corajoso)

E essa identidade missionária significa “responsabilidade para com o mundo”, e comporta um posicionamento: está ao lado dos vencidos, não dos vencedores.

Este posicionamento que a Igreja busca ter é continuidade da tomada de “partido” de Jesus. Ele passou sua vida servindo aos mais pobres, excluídos sociais e religiosos.

É importante lembrar que o primeiro milagre de Jesus, que nos relata o Evangelho de Marcos, é a expulsão de um espírito impuro (Mc 1,21-28). No texto de hoje, Jesus confere-lhes autoridade sobre os espíritos maus.

O evangelista mostra à comunidade primitiva, como a missão de Jesus se prolonga na sua e que ela tem o mesmo poder de seu Mestre para libertar os excluídos/as de cada tempo e lhes oferecer uma nova vida.

Para viver essa missão, Jesus deixa algumas recomendações simples e concretas.

A primeira: “que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura”. Com comparações orientais, bíblicas, exorta-os a viver o espírito evangélico de pobreza. Num mundo marcado pelo materialismo, pelo egoísmo, pela desigualdade social, os enviados de Jesus são convidados a apresentar-se na liberdade que nasce do espírito de pobreza, na confiança no Deus providente (Lc 12,31).

Depois “Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas”. Continuando com a ideia anterior, agora Jesus parece desenhar a figura de um peregrino. As sandálias nos remetem aos pés cansados e empoeirados dos mensageiros da Boa Notícia, que caminham livremente!

Finalmente as últimas recomendações: “Quando vocês entrarem numa casa, fiquem aí até partirem. Se vocês forem mal recebidos num lugar, e o povo não escutar vocês, quando saírem sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles”.

A proclamação da Boa Nova deve fazer-se em liberdade, não se pode obrigar ninguém a aceitá-la. Por isso, a orientação é permanecer com aqueles que a acolhem, deixar aqueles que a rejeitam.

Precisamos ter cuidado com a interpretação desta recomendação. Sacudir a poeira dos pés é um gesto simbólico dos israelitas que, ao ingressarem no próprio país, depois de terem estado em terra pagã, não queriam ter nada em comum com o modo de vida deles.

É um gesto de ruptura com aqueles que não aceitam a proposta do Evangelho. É sinal de ruptura que representa respeito pela escolha feita, por mais que isso implique sofrimento para o evangelizador. Ele deve ter uma atitude tolerante e compreensiva, esperando uma nova oportunidade.

Levando em conta estas recomendações missionárias, em quais deveríamos crescer mais como comunidade eclesial e pessoalmente?

Depois de escutar as palavras de Jesus, os discípulos e discípulas se puseram em marcha, “partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes”.

E esta marcha se estendeu até hoje, não parou nunca, entre luzes e sombras, a Igreja santa e pecadora, continua anunciando a Boa Notícia do Reino a todos os povos.

Publicado no site do Instituto Humanitas.

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