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Jovens devem continuar protagonizando mobilizações sociais

Jovens devem continuar protagonizando mobilizações sociais

As manifestações populares protagonizadas em maior parte pela juventude, as chamadas Jornadas de Junho de 2013, em dezenas de cidades brasileiras, foram o grande acontecimento na conjuntura política e social do país desde a última edição do Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ), três anos atrás. A avaliação é de Solange dos Santos Rodrigues, assessora do Instituto de Estudos da Religião (Iser).

Em sua fala na mesa de debate "Análise da conjuntura latino-americana e brasileira – política, social, ecológica e eclesial”, durante o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, que está sendo realizado em Manaus (Estado do Amazonas), até o próximo domingo, 25 de janeiro, ela disse que os protestos explicam muitas coisas, mas, em geral, a insatisfação com a forma de fazer política no Brasil. "As demandas eram muito diferenciadas por políticas sociais e denúncias contra a corrupção. Essas mobilizações precederam, então, um ano chave, 2014, que teve como eixo a Copa do Mundo e as eleições gerais do país. Participar politicamente não é só votar, mas garantir que no sistema político a população seja consultada”, observou.

A melhoria no poder de consumo, possibilitada pelo aumento real do salário mínimo, pelo programa Bolsa Família e pela facilidade de acesso ao crédito nos últimos anos "tem que ser reconhecida como avanço”, segundo Solange. Porém, sem esquecer que o país viveu um momento favorável na produção da agropecuária e extrativismo, que facilitou toda essa situação.

"As commodities dobraram de preço desde o Governo Lula, então, por isso, foi possível fazer política social, melhorar a situação do povo sem melhorar o capital.

Só que a conjuntura mudou, foi se transformando ao longo do tempo, e isso significa perceber que o sistema de desenvolvimento implantado no Brasil teve essas vantagens sociais ao longo do tempo, mas reformas fundamentais, como a reforma tributária, a reforma agrária, reforma urbana não foram realizadas, continua tudo igual”, analisou Solangre, lembrando ainda os grandes projetos ligados ao capital que são apoiados pelo governo.

Para a assessora do Iser, após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (do Partido dos Trabalhadores – PT), que fez um discurso mais à esquerda, apontando a possibilidade de avançar nas mudanças ansiadas pela maior parte da população, o país tem um desafio pela frente para garantir algumas destas reformas.

"Os jovens são os principais protagonistas dessas mobilizações, então é importante incentivar, mas, ao mesmo tempo, alertar que as pessoas não façam essa mobilização social e política de maneira ingênua, descontextualizada e sem compreender bem toda a conjuntura. Não se pode generalizar, é preciso perceber as diferenças existentes dentro dos grupos religiosos. Por isso, a insistência de se fazer análises regionais, locais, verificar os avanços, as dificuldades, mas também fazer com que sejam criadas alianças com os outros grupos religiosos”, concluiu.

O padre Sebastião Correa Neto, da Comissão Nacional de Assessora da Pastoral da Juventude, também reforçou a importância de se expandir o olhar e tentar entender outras realidades e grupos, já que existe uma tendência de movimentos, sobretudo, eclesiais, em controlar certas visões para não abrir outros questionamentos.

Por sua vez, a jovem Laísa Silva, integrante da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belo Horizonte (Minas Gerais), lembrou que "o mundo é cheio de contradições assim como nós somos e nós precisamos superar isso. Pensamos o que queremos mudar, mas na ação é diferente. Então, devemos começar por pequenas coisas e aproveitar a contribuição da juventude”.
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