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Igreja, Sociedade e as Juventudes

Igreja

Nos modos distintos de atuação da REJU podemos afirmar a relação da Campanha da Fraternidade promovida pela CNBB, ICAR, que neste ano possui como tema "Fraternidade: Igreja e Sociedade”, e o lema "Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45).

Ampliando a perspectiva que ultrapassa as dimensões da análise pastoral Católica Romana podemos afirmar que o Brasil passa por um momento de embate onde as pautas da religião e política assumem destaque na dinâmica social. "Eu vim para servir ", provoca não só a comunidade católica, mas as diferentes comunidades de fé a se unirem para enfrentar à "globalização da indiferença ", sendo cada vez mais atuantes na luta contra as desigualdades sociais e superação das intolerâncias.

Como Juventude Ecumênica nos sentimos amparados quanto ao discurso da Campanha que professa o desafio de servir e a missão de se buscar a plenitude do Reino na sociedade, o que de modo concreto, compreendemos pela promoção da Justiça Social. Com a consciência de que a igualdade vem cercada da equidade. E assim pelo dever de reparar problemáticas históricas inerentes ao nosso passado.

O teólogo Jon Sobrino, nos faz refletir sobre o "princípio misericórdia ", que ressalta à importância da identidade cristã em não poder ser indiferente à dor do outro. Este princípio, dialoga, não só com à fé cristã, mas, também contempla, por exemplo, as religiões de matrizes africanas, que nestes primeiros meses do ano, em sua maioria, narram o mito das Águas de Osala, que ressalta à importância de acolhemos os estrangeiros e de sermos sensíveis aos seus apelos.

Em meio às desigualdades sociais temos aqueles que mais sofrem com a violência policial, temos aqueles que nem o Estado e nem as Igrejas acolhem e os amparam. Contudo, não estão fora das Igrejas, de seus espaço de fé ou do Estado, ou de nossas comunidades e famílias. São nossos irmãos e irmãs de lutas pela terra, pelos territórios indígenas e quilombolas, que lutam pelo direito ao corpo e por espaços de atuação igualitária, que lutam pelo direito civis e de expressão ao amor na pauta LGBT. Por fim reconhecemos o outro (a), reconhecemos a nós mesmos e como estamos dependentes.

Como liderança religiosa de expressão mundial, religiosa e política, o Papa Francisco está sendo um líder corajoso. Suas singelas revoluções se revelam em gestos de acolhida e simplicidade. A ousadia é traduzida diante de palavras de conforto e segurança para todas as pessoas que assumem a fé católica, porém nunca foram legitimadas com tamanha ênfase.

Estes gestos resultam em uma nova acolhida e um significativo questionamento: porque não há lugar para todos e todas viver na plenitude da criação? Por que excluo os modos de ser e viver do outros(as)? Neste ponto, consideramos o potencial do ecumenismo, a partir da compreensão da construção oikos (casa comum à todos e todas).

Reconhecer que a política e fé estiveram relacionadas não é a novidade em questão. O que fazer diante deste cenário é o que nos propõe um novo desafio, em um mundo que rediscute valores, morais, ética, instituições e estruturas de poder. O conservadorismo, por um lado, utiliza estruturas e discursos religiosos para não discutir as grandes questões que desafiam a nossa vivência comunitária. Quando se encastelam atrás de dogmas e travam, inclusive no congresso nacional, as discussões das pautas progressistas; deixam de servir e querem ser servidos apenas em seus interesses.

As religiões devem se atualizar constantemente no diálogo com o contexto histórico e as problemáticas da sociedade e suas mudanças, assumindo, seu papel no processo de desenvolvimento socioeconômico, denunciando à desigualdade que estrutura nosso mundo, tendo auto crítica e auto revisão e indo além dos trabalhos assistências, sendo agentes de transformação na luta compartilhada pela igualdade e pela paz, respeitando à laicidade do Estado.

Em meio a este desafios e ideais que as juventudes, neste caso ligadas ao movimento ecumênico, se posicionam como sujeitos de direitos, frente aos desafios de construção de políticas públicas para as juventudes, nas causas e desafios dos movimentos sociais, no cultivo e manifestação da sua fé e vida comunitária nas mais distintas vertentes religiosas do país, pela defesa dos direitos, daqueles (as) que ainda morrem pelo descaso de uma minoria que detém o poder, e, por fim, almejamos um Estado Laico de fato.

Isto convoca diferentes, para se reunir em diálogo pelo bem comum, uma prática e incidência política. Caminho e trajetórias que nos desafiam, mas tornam-se necessárias contra aos retrocessos provocados pelo fanatismo religioso e pela intolerância que assumem novas frentes que violam e banalizam as pautas dos direitos Humanos no país. A Campanha lança o desafio de servir: do despertar a uma realidade que todos deverão se posicionar. Pois o outro (a) do outro (a) é você. Que quer e merece tanto respeito quanto seu semelhante.

Por: Alexandre Pupo Quintino, Alexandre Mago da Glória e Edoarda S. Scherer (Jovens, metodista, candomblecista e católica, integrantes da REJU – Rede Ecumênica da Juventude)

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