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O tekoha incendiado fica numa área da Fazenda Bom Retiro, de propriedade do fazendeiro José Carlos Rangel, a quem os indígenas acusam de ser o mandante do crime. A assessoria da Funai, em Brasília, informa à Adital que, ainda que os pistoleiros tenham deixado o local, há riscos de que eles retornem, principalmente durante o período do Carnaval. Contatos com a Polícia estão sendo realizados pela Funai que para haja um monitoramento e segurança policial reforçados na área. Há ainda a iminência de um ataque a outra fazenda – Barra Bonita – nas proximidades, onde há acampamentos indígenas.
FUNAI
ATAQUE
Após ter todos os seus pertences pessoais e moradias incendiadas, o grupo de indígenas e abrigou no acampamento vizinho, localizado junto à fazenda Barra Bonita, que também incide sobre o tekoha. Servidores da Funai presenciaram a destruição dos vestígios do conflito por maquinários agrícolas que gradeavam a terra, barracos sendo queimados em Bom Retiro e um grupo de indígenas, que ainda estava no local, em fuga desesperada de seus agressores.
Os servidores da Fundação também enfrentam hostilidades por parte dos funcionários das fazendas em disputa, e destacam a impossibilidade da instituição combaterem, sem apoio, as práticas criminosas.
NOVO ATAQUE
KURUSSU AMBÁ
Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), também denuncia a ausência das forças policiais na contenção do conflito. "É inadmissível o descaso das forças de segurança”, diz a entidade, acusando a polícia de fazer um "jogo de empurra-empurra entre Polícia Militar, Polícia Federal, Departamento de Operações da Fronteira (DOF) e Força Nacional”.
"Enquanto novos crimes e atentados premeditados ocorrem, as forças policiais, o Ministério da Justiça e o Governo do estado do Mato Grosso do Sul assistem a tudo calados, garantindo, assim, aos jagunços uma porteira aberta para a possibilidade de novos assassinatos”, conclui a nota.
DEMARCAÇÃO
Em junho de 2015, os indígenas haviam tentado ocupar a mesma fazenda, sendo violentamente expulsos pelos fazendeiros. O saldo do ataque foi de duas crianças desaparecidas, casas incendiadas e dezenas de feridos. Em 2007, ano em que os Kaiowá iniciaram a retomada de Kurusu Ambá, duas lideranças foram assassinadas. Entre 2009 e 2015, mais dois indígenas foram mortos em Kurusu, no contexto da luta pela terra.