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Umbandistas, Evangélicos e Católicos se unem pela Paz em Minas Gerais

Umbandistas
Aconteceu nesse último sábado (09/07) a 5ª Caminhada Pela Paz em Coronel Fabriciano Minas Gerais. A caminhada é uma ação conjunta da Igreja Católica, Igreja Batista em Avivamento, Governo Municipal e a Política Militar, e tem como objetivos: Sensibilizar a comunidade sobre a cultura de paz e a valorização da vida, o Diálogo e Respeito à Diversidade Religiosa, a Justiça Social, a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.
O movimento iniciou em 2012 com iniciativa de lideranças religiosas diante do alto índice de violência na cidade. O município ainda ocupa no mapa de Mortes Matadas² por Armas de Fogo  a posição 455º dos 5.565 municípios reconhecidos pelo IBGE. As lideranças envolvidas compreendem que a Paz só acontecerá quando todos se unirem pela construção da Casa Comum.  
O contexto social, político e global orientou a escolha do tema: “Onde houver ódio que eu leve o Amor”, pois vivemos uma conjuntura de total indiferença ao outro e outra, principalmente relacionadas a intolerância religiosa e política.
Dentre os avanços dessa edição, foi à presença da Mãe Maria que em seu discurso afirmou: “Se nós unirmos as religiões quem sabe podemos combater essa guerra e essa violência? E trazer a paz para o nosso lar? Para as nossas crianças, nossos jovens… Precisamos buscar essa paz e deixar o preconceito de lado… Precisamos nos unir, não só na rua, não só dentro das igrejas, mas também dentro de casa, pois dentro dos nossos lares está existindo muita violência.”.
O fim do avento foi marcado por entrega de flores entre os participantes, simbolizando desejos de paz na Casa Comum. Gesto marcante deste momento foi a entrega da flor pelo pastor Abraão, que ali representa a religião hegemônica em nosso país, à Mãe Maria de Oxum, que ali representava as religiões de matriz africana, maiores vítimas de preconceito e ódio religioso no Brasil. Compreendemos nesse gesto que a construção de uma outra sociedade, que tenha como valores a tolerância e o amo,r acontece para além das afirmações dogmáticas, mas no reconhecimento que o dogma é apenas uma maneira limitada de se compreender o mistério do Amor presente no mundo, e que o amor é gesto de acolher o outro como  outro.
A REJU acredita que “Fazer ecumenismo é denunciar, promover caminhos de diálogo e garantir a prática e a diversidade religiosa. Reconhecendo os caminhos que revelam o sagrado a todos e todas e proteger aqueles que não creem.”
 
*Por Jonathan Felix de Souza, Facilitador REJU Minas

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