Oito garimpeiros já foram detidos na região que, segundo o MPF, não pode receber nenhum tipo de exploração econômica – uma medida adotada com o objetivo de evitar a transmissão de malária aos Zo’é. Em 2006, 80% da população indígena foi contaminada pela doença por conta da presença de madeireiros nas proximidades da região.
Atualmente, os cerca de 300 indígenas que vivem na região correm o mesmo risco com a instalação de garimpos ilegais na região. As autoridades públicas já haviam descoberto o garimpo durante uma operação nos moldes da atual em março deste ano. Nela, três garimpeiros foram presos. Foi a partir do depoimento de um deles que se soube da presença do outro garimpo.
Homologada em 2009, a Terra Indígena Zo´é tem cerca de 670 mil hectares. Por meio de nota, o MPF informou que os garimpeiros presos nas duas operações vinham ameaçando índios e servidores da Funai, e que eles costumavam a circular armados pela região.