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Desde o asfalto, novas subjetividades em formação

Desde o asfalto
Nem bem se arrancaram à força os secundaristas de suas escolas, mal algumas torcidas de futebol acabavam de denunciar a rede golpista com Temer Jamais, nas finais dos campeonatos estaduais, o que se viu em São Paulo no primeiro fim de semana de afastamento da presidente eleita para a consumação do golpe inspira as mais descabidas esperanças.
No domingo, enquanto na Paulista uma massa compacta de gente popular, bonita, colorida, diversa, as vozes femininas predominantes, clamavam #ForaTemer,   no Parque do Ibirapuera um pequeno formigueiro humano tratava de plantar mais uma Floresta de Bolso, num projeto de resgate da mata nativa de São Paulo para chamar “as borboletas, os passarinhos, nossas frutas nativas e a chuva!”.

Um dia antes, no sábado, a Marcha da Maconha reunira uma juventude que sentou-se sobre o asfalto da mesma Paulista para acender seus baseados. Na Cidade Universitária, cerca de 200 mulheres faziam o último ensaio do Coralusp com Ilú Obá de Min para apresentações públicas de cantos devotados às yabás, as orixás femininas.

Em disputa, o longo caminho da humanidade para tornar-se mais humana. Políticas construídas a duras penas a partir dos horrores da Segunda Guerra, com acordos internacionais de direitos políticos, sociais e culturais progressivamente reconhecendo os direitos das crianças, dos jovens, dos negros, das mulheres, dos indígenas, dos lgbts e outras populações em situação de fragilidade. Condenando a tortura, as execuções sumárias pela polícia, as arbitrariedades de todo tipo.

Estes são tempos difíceis – de dissolução da democracia, do trabalho fustigado em benefício do capital, de crise de representação, de uma crise civilizatória não só deste país mas de todo o mundo ocidental, assaltado por forças neoliberais mantidas à custa da ganância e do medo.

Mas a única luta que se perde é a que se desiste de lutar, lembra o sábio Pepe Mujica.  E as novas formas de atuação do comum vão gerando novas subjetividades, formadas coletivamente nas mobilizações que se multiplicam em todos os campos da vida urbana.

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Branco, macho, heterossexual, oligarca e investigado, essa é mesmo a cara deles. Fiquei orgulhosa pela recusa das mulheres para a Cultura desse governo ilegítimo: Marília Gabriela, Cláudia Leitão, Mara Gabrilli e Eliane Costa teriam sido convidadas que declinaram. “Nós mulheres não queremos representatividade porque não existe representatividade sem democracia!”, afirmam as feministas da Marcha Mundial das Mulheres, que tocaram suas baterias contra o golpe no vão livre do Masp.

 
*Por Inês Castilho
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