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CEBI presente na Marcha das Margaridas

Mais de 70.000 mulheres exigindo igualdade e denunciando todas as formas de violência, exploração e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres. Foi assim a quarta edição da Marcha das Margaridas, realizada na última quarta-feira, 17 de agosto.

De acordo com Mônica de Souza Santos, integrante do CEBI Planalto Central, “a marcha se constitui como um reabastecer da espiritualidade de quem corre o risco de desanimar da luta”. Para Mônica, “caminhar junto com tantas mulheres, entre as quais muitas mulheres idosas, camponesas de rosto sofrido, foi um ato de apelo a sair do comodismo”. Infelizmente, continua a Mônica, a grande mídia acaba dando mais destaque à pequena confusão no trânsito, do que ao fato de que “aquelas que trazem o alimento para a mesa de quem vive nas cidades ainda não têm seus direitos mínimos garantidos”

A Marcha das Margaridas se consolidou na luta contra a fome, a pobreza e a violência sexista e sua agenda política de 2011 teve como lema desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Coordenada pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais composto pela Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura – Contag, por 27 Federações – Fetag’s e mais de 4000 sindicatos, sua realização conta com ampla parceria.

A maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta do Brasil tem esse nome, como uma forma de homenagear a trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves.

Margarida Alves é um grande símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade, justiça e dignidade. Rompeu com padrões tradicionais de gênero ao ocupar por 12 anos a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande, estado da Paraíba. À frente do sindicato fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. A sua trajetória sindical foi marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária. Margarida Alves foi brutalmente assassinada pelos usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983.

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