E das lutas mais queridas.
Amante e servidos da dama liberdade,
farejador e acolhedor do sopro do Espírito
Crente do pobre-povo-de-Deus…
No trânsito da história
nos antigos e novos rumos das idéias
ele percebe mais, bem mais
do que apenas sinais
vermelhos, amarelos e verdes…
Não se atém nem se retém
aos postos institucionais
Não empaca nos míopes avisos: Errado!Certo!
de cúrias e incúrias.
Vai seguindo
indo e vindo
com sua enxada teológica
revolvendo teologias
cavando e desencavando eclesiologias
no campo, na cidade
com uma simplicidade já euro-nordestina
nas entranhas do Evangelho
Minha gratidão nordestina
cria audácias na imaginação…
Adivinho-o
crítico e amoroso,
sério e de fino humor;
de ouvido afiado
ao que é mais abafado
na dignidade dos pobres.
Movido pelo amor,
apressando as horas daquela urgência
que não permite esperar!
Ao Pe. Comblin,
Na manhã de seus oitenta anos,
Abraço de Agostinha Vieira de Mello
(Extraída do livro A Esperança dos pobres vive!, São Paulo: Paulus, 2003, pp. 213-214)
*Ir. Agostinha é Religiosa beneditina, fundadora do CEBI, tem longa experiência de trabalho bíblico com agentes pastoris, lideranças populares e comunidades eclesiais de baseVive inserida no meio popular em João Pessoa, há mais de 25 anos.