Ao fazer memória de todas as pessoas, mulheres e homens, jovens e crianças, vítimas das torturas e das arbitrariedades da ditadura civil-militar que se implantou no Brasil a partir de 31de março de 1964, o CEBI vem reafirmar seu compromisso com a democracia plena, ainda não consolidada em nosso país.
E denuncia publicamente:
– as práticas de repressão e de tortura assumidas e difundidas pelos militares e que continuam a acontecer, especialmente entre a população negra e pobre confinada nas periferias e nos presídios;
– toda e qualquer forma de violência, por ação ou omissão, que se traduz em desrespeito aos direitos humanos;
– a violência institucional de empobrecimento da população por meio da transferência do patrimônio da nação para as mãos de grupos poderosos, através do pagamento da dívida pública e de seus juros abusivos;
– a continuidade de um modelo econômico submisso, incentivador da construção de grandes obras, que, tais como as da ditadura militar, são causadoras de depredação ambiental e de exclusão social;
– a continuidade da prática da corrupção amplamente adotada pelos governos militares e ainda muito utilizada por empresários, banqueiros, latifundiários e lideranças políticas;
– a criminalização de lideranças de movimentos sociais que seguem lutando por terra, água e território junto aos povos indígenas e quilombolas.
Para o CEBI, a ditadura foi e continua sendo nociva à sociedade, desumana, antievangélica e inconciliável com a fé cristã.
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Confira algumas publicações do CEBI relacionadas à temática
Mulheres – resistência e luta em defesa da vida de Conceição Paludo (Org.)
Marcos a Correção de uma Ideologia Triunfalista de Xavier Alegre.
Gálatas 5 – cidadania e liberdade (vol.12) de Dietlin Nüsse.
Ser é poder de Luiz José Dietrich (Org.).