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CEBI MS participa de Ato 500 velas por 500 mil mortes

 

O ato foi proposto pelo grupo Respira Brasil e o CEBI Mato Grosso do Sul esteve na articulação, preparação e participação no Ato em homenagem as 500 mil vítimas da Covid 19, ocorrido no ultimo dia 21 de junho.  Em Campo Grande, Dourados, Glória de Dourados, Corumbá, Mundo Novo as pessoas participaram acendendo 1 vela em suas casas e fazendo uma oração, prece, uma pequena homenagem aqueles e aquelas que partiram vítimas do vírus, mas também da negligência de um governo quem fazendo vítimas de diversas formas de omissão à vida. 

Leia o depoimento de Luiz Junior 

O Luiz é do grupo do CEBI em Campo Grande e esteve na praça ajudando na organização do espaço. Segue um depoimento da experiência que ele vivenciou durante o Ato.
 

Hoje a militância despertada nos tempos de juventude me convidou mais uma vez a ir às ruas. É sabido que o momento não é dos mais propícios para atos, manifestações, mas justamente por isso, pois o fato de não estarmos vivendo um momento propicio para nos juntarmos, reivindicarmos, estarmos com os nossos e livres do medo que nos assola, se dá pelo negacionismo de um “Governo” que conduz o nosso país ladeira a baixo.   

Por todos esses e vários outros motivos, hoje fomos às ruas em uma Ato de resistência, coragem e memória das mais de 500 mil vidas ceifadas pela Covid 19 e eu não poderia me furtar a esse gesto, que me conduziu a um misto de emoções na noite dessa segunda-feira 21 de junho.  

Através do Ato Respira Brasil, replicado na nossa cidade de Campo Grande- MS, em que contamos com a participação de algumas lideranças religiosas, políticas e sociais, acendemos 500 velas como forma de dar lugar e visibilidade a todos e todas irmãos e irmãs Brasileiros que desencarnaram por negligência de um “Governo” genocida e que despreza a ciência.  

Hoje ao ajudar os companheiros e companheiras que ali estavam na montagem simbólica do Ato, curvando-me para assentar e acender cada vela, sentia meu corpo ser tomado por uma emoção, revolta, tristeza e saudade inexplicável. Um filme foi passando diante dos meus olhos, a cada vela acesa me vinha a memória um familiar, amigos, conhecidos, pessoas próximas e tantos outros que não conheci, mas que podiam ainda estar entre nós, porém não tiveram a oportunidade de desfrutar de uma visão e atuação científica, pois aquele a quem chamam de “Presidente” assumiu e ainda prega um discurso de negação dessa doença devastadora. Queria muito estar errado agora, mas é com dor que digo que não foi só uma “gripezinha”, a imunidade de rebanho também não funcionou, o kit Covid foi reprovado pela comunidade científica desde muito cedo, o tratamento precoce nunca fez sentido para quem sabe interpretar texto, porém, todos esses foram argumentos e sustentações assumidos pelo “Presidente” e os seus, para nos conduzir ao lamento de mais de 500 mil Brasileiros mortos.  

Confesso que precisei fazer um grande esforço para não dar vazão a minha emoção durante o Ato acender cada vela daquela, pois as memórias e lembranças me invadiam o pensamento.  

Durante a execução do Ato, havia um grito preso na garganta, uma indignação moldada pronta para sair, no entanto o passar do tempo foi um tanto veloz para com aquele momento, me dei conta que o intervalo que eu tinha me proporcionado em meio ao meu trabalho como Psicólogo, chegava ao fim, eu teria que voltar a atender pessoas que chegam hoje nos consultórios de Psicologia, por consequência dessa realidade tão cruel que atravessamos.  

Me despedi dos companheiros e companheiras, ao entrar no carro de aplicativo que me conduziria até o consultório.O motorista me indaga se eu estava em uma missa ao ar livre, eu explico a ele que se tratava de um Ato de memória e protesto pelas mais de 500 mil vidas ceifadas no nosso país e ele me diz que com certeza uma daquelas velas representava um amigo muito querido que ele havia acabado de perder, “teve apenas a oportunidade de trocar breves palavras com esse amigo no portão de casa antes que o mesmo fosse para o hospital se consultar, porém o amigo que disse a ele que logo após a consulta estaria de volta, não voltou, não voltou, não voltou”, ele repetiu essa afirmação como se precisasse se convencer do desabafo que me fazia e do fato de ter perdido um ente querido. Vi que naquele momento as lágrimas rolavam em seu rosto, ele se sentiu a vontade, pois ao me olhar pelo retrovisor pode ver que eu também chorava, chorava por ele, por mim, por todos os que eu perdi e também pelos que eu não conheci, mas que partiram deixando seus familiares enlutados.   

Seguimos como em um cortejo fúnebre, em silêncio até a porta do consultório, onde ele enxugou as lágrimas e agradeceu a viagem, eu disse que era psicológico que trabalhava ali, caso ele precisasse poderia contar comigo para superar e atravessar esse momento, aquele homem que eu nunca tinha visto me disse “moço se fosse seguro abraçar, te daria um abraço agora, muito obrigado, fica com Deus, você representou muita gente essa noite com a sua atitude naquela praça.”   

Agradeci em meio as lágrimas e desci, desci sendo grato a Zambi por estar vivo, por estar saudável, por ter voz para gritar e dizer que Genocidas e Negacionistas não passarão, mas principalmente por poder através da minha profissão, ajudar pessoas a enfrentarem e superarem esse momento tão difícil e cruel.  

O Ato de hoje me reportou a momentos e lembranças de dor e perda, mas me reafirmou como militante, como alguém que jamais irá se calar diante da omissão e negligência, diante desse desgoverno.  

 

Luiz Barbosa de Oliveira Junior 

Campo Grande – MS, 21/06/2021. 

 

Fonte – Texto enviado pelo  CEBI MS

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