CEBI em destaque

CEBI integra a articulação nacional de comunicadores por Outro Mundo Possível

via Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social*

O Centro de Estudos Bíblicos (CEBI) esteve presente no encontro nacional de comunicadores/as, representado pela jornalista Gabriela Wenzel, que é a responsável pela produção de conteúdo e assessoria de imprensa da entidade. Na ocasião, pode partilhar com as outras organizações os métodos e as estratégias de comunicação adotadas pelo CEBI. Também foi uma experiência importante para ouvir e aprender com as realidades de trabalho dos/as outros/as comunicadores/as.
Saiba mais sobre essa articulação:

Comunicadores e comunicadoras de organizações ambientalistas, pastorais e de direitos humanos, estiveram reunidos em Brasília nos dias 13 a 15 de março, e decidiram organizar uma articulação para compartilhar conteúdos e fortalecer suas ações de comunicação. A articulação não terá um site próprio, mas o conteúdo feito por cada equipe de comunicação estará disponível para todas as outras organizações publicarem. Também haverá reforço mútuo das publicações nas redes sociais.

Ao todo, 19 organizações compareceram ao encontro, mas a articulação deve receber adesão de outras. Haverá um espaço privado para disponibilização instantânea de todo o conteúdo enviado. A articulação COMUNICAÇÃO POR OUTRO MUNDO POSSÍVEL – COMP também terá uma agenda comum de campanhas para o ano de 2019. Os temas serão distribuídos durante o ano e os assuntos serão:

  • defesa do território;
  • reforma da previdência;
  • migrantes;
  • desertificação;
  • grito dos excluídos e
  • sínodo da Amazônia.

Além dos momentos deliberativos e dos debates, o Encontro teve contribuições dos jornalistas Bia Barbosa, do coletivo de jornalistas Intervozes, e Antônio Martins, do portal Outras Palavras, além do padre Ermanno Allegre, fundador do portal Adital. Entre inúmeras contribuições, esses especialistas falaram sobre a importância da profissionalização dos setores de comunicação das entidades, o trabalho de comunicação em rede e a necessidade de combater a desinformação.

Outra prioridade da COMP será trabalhar para a formação de Comunicadores Populares, treinando pessoas das comunidades para que elas mesmas gerem notícias sobre sua realidade. Além de abrir um novo canal para geração de notícias, a formação de Comunicadores Populares terá um caráter pedagógico importante para o empoderamento das comunidades que poderão ter voz própria.

O encontro de comunicadores também elaborou uma carta pública que situa a importância da comunicação para o combate à desinformação que predomina na sociedade brasileira e levar qualificação ao debate político.

Leia a íntegra da carta:

Comunicação a serviço da democracia

Brasília, 15 de março de 2019

Nós, comunicadoras e comunicadores de diversas organizações reunidos a convite do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, somos testemunhas da luta do nosso povo e damos o alerta para a política que está se instalando no Brasil. Nosso povo está sendo atacado, os indígenas massacrados, os trabalhadores perdendo seus direitos, as entidades que os defendem são perseguidas e monitoradas, sindicatos estão sendo inviabilizados, universidades perdem recursos e autonomia, professores são perseguidos pela lei da mordaça.

Esse cenário político é confirmado por um ambiente de comunicação afogado por desinformação institucionalizada. Uma verdadeira guerra de mentiras que ludibria, manipula e induz a decisões equivocadas. Nossa sociedade está doente. Cresce a violência em ambientes que deveriam ser absolutamente seguros, dentro das casas, dentro das escolas, dentro das famílias, dentro das igrejas. Os crimes de ódio são repercutidos e incitados por pessoas que têm o dever de defender as políticas públicas protetivas e governar para a paz.

Se queremos construir uma sociedade mais justa, saudável e pacífica precisamos ouvir o Papa Francisco. Precisamos trazer para as nossas entidades, as nossas igrejas, as nossas famílias e para a nossa vida a generosidade, a corresponsabilidade, a reciprocidade e a amorosidade. As lutas pela água como um direito e não mercadoria, pela defesa dos povos indígenas e seus territórios, pelo combate a mudanças climáticas, pela construção de uma nova matriz energética diminuindo o uso de combustíveis fósseis, contra a destruição que a mineração provoca nos territórios, contra as cercas que condenam os pobres e protegem os ricos, contra a acumulação de capital, pela reforma agrária, pela defesa dos diversos grupos étnicos, contra o racismo, a homofobia e muitas outras lutas que são base na busca de outro mundo possível.

A comunicação é uma importante atividade para retomar o ambiente democrático, levar para as pessoas notícias que alimentem as esperanças e estimulem o debate saudável. Nossa comunicação deve buscar a verdade e noticiar especialmente iniciativas que já são realidade e as necessidades dos povos mais pobres e vulneráveis, que precisam ser vistos, ouvidos, amparados. Comunicar não é um acessório na luta dos movimentos sociais. É uma atividade que deve ser vista como basilar no nosso trabalho.

Nossa comunicação precisa ser estratégica e fortalecida para que fertilize essa nova sociedade que precisamos semear. Para isso precisamos cumprir muitas tarefas: dar mais autonomia para os comunicadores, investir em formação continuada e formar equipes que possam trabalhar sem sobrecarga, mesmo compreendendo que os recursos das nossas entidades são muito limitados.

A comunicação popular é uma grande esperança para ampliar a voz do nosso povo. As notícias vindas de dentro das comunidades, escritas pelo próprio povo têm um poder libertador. É um processo pedagógico que pode dar uma contribuição inestimável para a sociedade como um todo.

Assim, decidimos nos unir em uma articulação de comunicação para aumentar o alcance, ampliar as temáticas e melhor incidir no debate público do país. Criamos hoje a articulação COMUNICAÇÃO POR OUTRO MUNDO POSSÍVEL – COMP. A união das nossas comunicações, se reforçando e colaborando mutuamente, será importante para a busca pela democracia e libertação do nosso povo.

Entidades participantes:

Instituto Madeira Vivo – IMV
Movimento Nacional Fé e Política
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo – MTC
Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida – OLMA
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Misereor
Rede Jubileu Sul
Cáritas Brasileira
Articulação Semiárido Brasileiro – ASA
Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental – SARES
Conselho Nacional do Laicato Brasileiro – CNLB
Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento – FORMAD
Instituto ICaracol
Movimento Tapajós Vivo
Pontifícias Obras Missionárias – POM
Centro de Estudos Bíblicos – CEBI
Fian Brasil – Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas
International Rivers
Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social

Galeria de vídeos:

Entrevista com Bia Barbosa, do Intervozes (por Batista, Conselho Nacional de Leigos do Brasil):

 

Música de animação do encontro com Iremar, Sem Fronteiras no Madeira (por Batista, Conselho Nacional de Leigos do Brasil):

 

Poesia interpretada por Elka Macedo, ASA Brasil (por Gabriela, CEBI):

Este conteúdo foi publicado originalmente no site do FMCJS. Edição do CEBI.

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