Artigos e Reflexões

A fé negacionista em tempos de pandemia

Por Marco Aurélio dos Santos*

 

Uma fé sem amor e sem razão pode resultar em absurdos, que não muito distante pode gerar genocídio. Assim nos conta a história. Assim foi no extermínio dos índios com sua língua e cultura na invasão dos portugueses no Brasil. Assim também no tempo do nazismo na Alemanha, onde milhões de judeus foram exterminados com o apoio de boa parte da igreja, sob alegação da existência de uma raça suprema, lançando uma suposta “maldição divina” sobre o povo Judeu. A história da fé cristã está repleta de absurdos praticados em nome de Deus.

É justamente essa fé carente de amor e razão que nega a ciência hoje. Uma fé negacionista, que não acredita na vacina; que reafirma a idéia alienada de que existe tratamento precoce para o Covid 19; que defende a abertura de templos, pois para esses, Deus vai curar o seu povo no templo, como no caso de um jovem infectado com Covid que vai à igreja para receber a “cura libertadora”. Covid é coisa do demônio!

Esse grupo da fé negacionista tem uma preferência. Prefere ouvir a voz da morte que vem do planalto, do que a voz do Deus da Vida e as recomendações de especialistas da medicina. Vive em constante contradição! Fala de vida, mas suas atitudes são de morte, pois apoia um governo genocida. Odeia as máscaras e o distanciamento social, quer aglomeração! Nega a razão, a solidariedade e o bom senso.

Uma fé que não valoriza a vida está distante do Evangelho do Jesus de Nazaré, que falando de si mesmo, diz que veio para trazer vida, e vida em abundância; que ensinou aos seus discípulos e discípulas que a vida vale mais que o mantimento e, quem quiser ganhar a vida, deverá perdê-la por amor ao próximo. Disse Jesus, “eu sou a ressurreição e a vida!”

A fé cristã não nega a vida, não dá as costas para o sofrimento humano, nem muito menos é genocida. A fé cristã é amor, compaixão e solidariedade. A fé cristã segue os passos de Jesus, que acolheu e lutou ao lado dos que sofrem, que prestou solidariedade às famílias dos que perderam seus parentes, como no caso de Lázaro, amigo que Jesus visitou.

Que em tempos de pandemia, exaltemos a vida, o amor e o acolhimento. Aos cristãos segue o repúdio a todo tipo de fala e ação que estimulem a violência, o descaso e a morte.

 

* Assessor da escola de fé e política padre Sabino e membro do CEBI RN.

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