Reflexão do Evangelho

Quarta-feira de Cinzas: esmolas, oração e jejum, com a teóloga e biblista Ana Selma

Quem faz a reflexão para esta quarta-feira de Cinzas é a Professora Ana Selma, teóloga e biblista, assessora do CEBI-CE. Ela nos ajuda a refletir sobre o Evangelho da comunidade de Mateus 6:1-6, 16-21

Para ouvir, clique AQUI.


O texto proposto para nossa reflexão nesta Quarta-Feira de Cinzas é o Evangelho segundo a comunidade de Mateus 6,1-6. 16-21. A tradução que utilizo é da Bíblia de Jerusalém, da editora Paulus.

 6 A esmola em segredo 1Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens para serdes vistos por eles. Do contrário, não recebereis recompensa junto ao vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 3Tu, porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.

Orar em segredo 5E quando orardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de fazer oração pondo-se em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 6Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.

Jejuar em segredo 16Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram seu rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, unge tua cabeça e lava teu rosto, 18para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas o teu Pai, que está lá no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.

O verdadeiro tesouro 19Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, 20mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; 21pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração.

O tempo que se inicia com a Quarta-Feira de Cinzas é propicio para reflexão, revisão, conversão de pensamentos e ações, nossas ações, sobre o nosso seguimento a Cristo, e como pessoas que participam da construção do Reino. É um tempo favorável de rever e repensar, ou confirmar, caminhos trilhados.

Esmola, oração e jejum. São formas de como a gente deve lidar com as outras pessoas, conosco e com Deus. E esse texto vai nos instruir sobre como devem ser praticadas essas ações, porque como as praticamos diz muito sobre quem somos nós, de como nos relacionamos com as demais pessoas e como está o nosso temor/amor a Deus.

Vamos refletir um pouquinho sobre elas três:

As palavras que foram traduzidas como esmola tem sentidos diferentes. Para o primeiro testamento, ela está ligada ao direito, em devolver o direito a quem foi usurpado dele. No segundo testamento, o sentido é da misericórdia, da partilha, é um ato de amor concreto. Hoje, esses sentidos, para nós, sofreram um esvaziamento. Dar esmola é dar uma moedinha que não irá nos fazer falta e que também não fará uma mudança significativa para quem a recebe. A palavra esmola, hoje, ganhou o sentido de algo pequeno, sem valor, sem importância.

Precisamos resgatar os sentidos de devolver o direito: à moradia, à alimentação e à saúde do primeiro testamento; e o sentido da partilha, de ato concreto de amor, do segundo testamento. Precisamos lutar por justiça social. Essa é a melhor esmola que podemos dar.

A oração deve refletir o nosso relacionamento com Deus e isso é visto em nossas ações do cotidiano, nas nossas escolhas de vida e de como nós colocamos em prática as boas novas de Jesus.

O Jejum é para ter consciência dessa vivência que nós escolhemos ter como construtora do reino de Deus. Ele deve ser vivido e refletido, não pode ser um fazer por obrigação, pois quantas pessoas passam fome em nossa sociedade? Qual o sentido do jejum numa sociedade que tem fome de pão e de justiça?

O que precisa ser visto não são as ações. Ninguém precisa nos ver rezando; essa deve ser uma ação pessoal, de intimidade. Como também ninguém precisa saber que estamos jejuando e nem as boas ações que fazemos. O que precisa ser visto são os resultados dessas ações nas nossas vivências cotidianas. E que esses resultados possam ser tijolinhos na construção do Reino de Justiça e Paz que é o Reino de Deus.

Que as cinzas possam ser sinal externo de mudanças internas em nossas vidas!!! Que nessa quaresma possamos viver plenamente a esmola, a oração e o jejum.

Sou Ana Selma, mulher cis, negra, moro em Fortaleza e faço parte do CEBI CE.

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