Encontro do grupo de Masculinidades do CEBI Anápolis,
discute o que é e o que nos faz sermos homens.
No último sábado, 11/06, aconteceu o segundo encontro do grupo de Masculinidades do CEBI Anápolis. Com uma roda de conversa entre 5 homens vindos de diferentes grupos e espaços da cidade, nos conhecemos e conversamos sobre o que é ser homem e o que nos faz ser homens. Nos atentamos para o fato de que a primeira pergunta aponta para um determinismo conceitual enquanto a segunda acena para uma construção sócio histórica que tem consonância com o pensamento de Simone de Beauvoir.
Inclusive foi com um método de leitura bíblica aprendido com as teólogas feministas que nos aproximamos do texto bíblico de Gn 38, para a partir das nossas suspeitas, nos provocarmos a pensar sobre diferentes masculinidades vivenciadas no relato da história de Judá (e seus filhos) com Tamar.
Nos comprometemos a continuar a estudar sobre a temática ajudados pelo primeiro capítulo do livro “Da dominação ao amor – Perspectivas bíblicas sobre Masculinidades”. Contudo, das partilhas feitas já conversávamos para uma masculinidade que não nos diferencia do ser humanos. Que as vezes socialmente aprendemos umas esquisitices, que nos fazem perder a humanidade. Que por vezes a busca da definição do que é masculino, expulsa ou nega o feminino. Que, na verdade, o masculino e o feminino estão em mim e estamos todos em construção.
Falamos ainda de uma sociedade que nos faz opressores dos/as outros/as e também de nós mesmos e que esta esquisitice além de causar sofrimento, inclusive nos faz sofrer. E isso fere nossa vocação!!! Somos guardiões e não devemos ser opressões! Somos bicho, somos vulneráveis também! Somos fruto de um caminho, das vivências e das interações que fazemos.