Por volta das 19 horas, cerca de 7 mil manifestantes seguiam em marcha pela Avenida da Consolação, quando, na altura da Rua Matias Aires, foram agredidos por tropas da PM.
Os policiais entraram no meio da manifestação atirando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
Por conta dessa ação policial, os manifestantes foram dispersados em diferentes trajetos, mas a repressão seguiu, conforme mostram vídeos. Pelo menos quatro pessoas se feriram, incluindo o Padre Julio Lancelotti,ferido por estilhaços de uma bomba de efeito moral, e ao menos 28 foram presas. Após a violência inicial e desproporcional da PM, alguns manifestantes reagiram revidando com pedras e depredando propriedades privadas.
O ato desta quinta-feira (15.05) integrou o Dia Internacional de Lutas contra a Copa e teve o apoio de mais de 100 grupos, incluindo o MPL-SP (Movimento Passe Livre de São Paulo), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Tetos), a CMP (Central de Movimentos Populares), coletivos estudantis, artísticos e outros movimentos sociais, como as Mães de Maio e a Comissão Nacional dos/as Ambulantes.
Para o Comitê Popular da Copa de SP, a repressão deste protesto é mais uma prova da incapacidade do poder público de lidar com a livre expressão e do recrudescimento da violência estatal contra movimentos sociais e atos publicos. O grupo garante ter construído uma manifestação pacífica e planeja novas ações para as próximas semanas.