Direitos Humanos

O povo indígena Wajãpi: Guardiões e guardiãs da Mãe Terra

por Marcos Aurélio dos Santos*
“Mataram liderança Emyra Wajãpi com 68 anos de idade. Foi matado à facada… mataram muito feio e nós estamos pedindo socorro. […] Os garimpeiros tão atirando à tarde, 6h da tarde, atiraram com a espingarda, estão com armas pesadas como metralhadora.” (Trecho do depoimento do indígena da tribo Wajãpi)
O Brasil caminha a passos largos para a barbárie. Estamos perdendo o senso de civilização. A paz e a justiça não encontram lugar em nosso país. O discurso de ódio aos nossos irmãos indígenas está encarnando, sobretudo em atos de abusos, violência e morte. O ódio e a ganância pela terra é a motivação dos que destilam a maldade contra inocentes. Para os bárbaros amantes do dinheiro, não há respeito à vida, nem pelos nossos irmãos e irmãs indígenas, nem pela mãe terra. A floresta geme.
Assassinaram um fiel guardião da mãe terra, cuidador da natureza. A tribo Wajãpi está de luto e em grande perigo. Querem lhes roubar a terra que lhes é de direito, dizimar a língua, costumes e cultura, se é que os praticantes da barbárie reconhecem esses valores. Duvido que saibam. Segundo contam os Wajãpis, os garimpeiros invadiram a aldeia com cães ferozes, metralhadoras e óculos de visão noturna. De maneira humilhante, estão roubando seus alimentos, como macaxeira, batata e milho.
Em uma invasão violenta, a primeira depois de 30 anos de demarcação das terras indígenas dos Wajãpis, o Cacique Viseni Wajãpi denuncia que os garimpeiros estão agredindo mulheres, crianças e guerreiros da aldeia, segundo informa o jornal diário do Amapá. Uma situação humilhante para nossos irmãos e irmãs Wajãpis, pois estão em desvantagem diante do aparelhamento dos assassinos garimpeiros com armas pensadas de poder letal.
O povo Wajãpi pede socorro. O presidente Jair Bolsonaro em entrevista colocou em dúvida o assassinato do cacique, demostrando seu desprezo pelo povo indígena. Seu discurso violento e carregado de ódio antes das eleições de 2018, afirmando que não daria um centímetro de terra aos indígenas encontra lugar de destaque e inspiração na invasão das terras Wajãpi no Amapá. Um governo sanguinário, a serviço do agronegócio. Os Wajãpis exigem a presença do exército para conter as invasões como também investigações sérias sobre o ocorrido. Ainda que seja uma prática estranha à cultura do povo Wajãpi, eles estão dispostos a desenterrar e liberar o corpo do líder indígena para exumação.
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Viva o povo Wajãpi, guardiões da mãe terra, guardadores da floresta. Que o Deus de amor e justiça nos ilumine nessa árdua caminhada com as minorias em tempos tão sombrios.

por Marcos Aurélio, facilitador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, participa do CEBI em Natal (RN).
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