Ecumenismo

“O papa tem tentado construir pontes e não muros”

“O papa tem tentado construir pontes e não muros”. Este é um dos pensamentos do escritor e monge beneditino, Marcelo Barros, que realizou na última quinta (05), em Salvador, a conferência Papa Francisco, um líder mundial. O evento, gratuito e aberto ao público, foi realizado pelo Grupo Primo, com apoio da Cáritas Brasileira Regional Ne3, Paulus, CESE e Livraria LDM.

Pernambucano e autor de 44 livros publicados, Marcelo é reconhecido por desenvolver  uma teologia na qual o cristianismo é aberto às outras religiões. “ É preciso acolher a posição do outro, respeitar que se pode pensar diferente”, afirmou na ocasião.

Barros dividiu com o público a caminhada e os posicionamentos de Francisco frente à igreja. Para Marcelo três ideias são fundamentais para compreender a visão do Papa da misericórdia como política. “ A política se faz a partir de baixo e dos mais empobrecidos, a economia deve favorecer a vida de todos e do planeta e a sociedade deve participar”, explicou. O monge acredita que é fundamental se construir pontes entre os povos. “ É preciso acolher e valorizar as culturas, apoiar o diálogo entre as religiões e buscar formas de vida mais sóbrias e menos consumistas”, disse.

Marcelo Barros

Marcelo  foi  membro do secretariado nacional da Comissão Pastoral da Terra ( CPT)  por 14 anos e hoje é membro do Fórum Diálogos pela Diversidade Religiosa e contra a Discriminação, organismo do Ministério Público em Pernambuco, e  também participa do Comitê Interreligioso pela Democracia. Ainda na década de 60 integrou uma fraternidade ecumênica na qual viviam irmãos católicos e evangélicos e nos anos 90  se inseriu na relação com comunidades de tradição afro-brasileira, sendo suspenso como “Ogã de Xangô” em uma festa do Candomblé, no Opô Afonjá, em Salvador.

Fonte: Publicado no site de Cáritas Brasileira, Região Nordeste 3, 09/10/2017.

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