Confira a leitura de domingo, 25 de março, sobre Mateus 26.14-27,66. O texto é de Rene Zanandréa, e foi publicado pelo Portal Luteranos.
Boa leitura!
Jesus veio para salvar toda a humanidade, servindo, amando e se compadecendo especialmente dos que mais precisam de salvação.
A morte de Jesus tem um significado redentor, como mostram também os diversos sinais que a acompanham (Mt 27.51-53). O véu do templo, que se rasga, simboliza a aliança que Deus realiza com todos os povos por meio de Jesus Cristo, rompendo as barreiras de separação.
A morte de Jesus inaugura uma nova etapa e torna-se esperança de ressurreição dos mortos. Jesus entrega sua vida pela salvação de todos os que o confessam Filho de Deus, a exemplo do centurião (Mt 27.54), e o seguem e servem, como as mulheres discípulas (Mt 27.55-56). Como o servo sofredor realçado pelo profeta Isaías, Jesus permaneceu fiel à missão superando as dificuldades e humilhações. Assim ele é o exemplo a ser seguido. Assim o enfatiza a Carta de Paulo aos Filipenses através de um hino cristológico bem conhecido.
As leituras convidam-nos a meditar sobre o mistério do sofrimento de Jesus Cristo, que passou pelo aniquilamento da cruz e da morte para chegar à glória da ressurreição. A paixão de Cristo, servo sofredor, continua em todos os sofredores de hoje. Seguindo os passos da paixão de Jesus, somos convidados a nos despojar para celebrar a grande festa da Páscoa, a vitória sobre a morte. O exemplo de fidelidade de Cristo impele-nos a seguir o plano de amor do Pai até o fim, dedicando nossa vida inteira a serviço da justiça, solidariedade e libertação.
Quem considera que a vida do cristão, seguidor de Cristo, é uma vida triste, de puro sacrifício e humilhação, está equivocado. O sacrifício estará presente, não importa se a pessoa é cristã, budista ou muçulmana.
Pelo menos seguindo a Cristo não será outra coisa senão feliz. Felicidade não como abandono ao vício, às superficialidades da vida, mas como seguimento alegre de Cristo.
Acompanhemos Cristo de perto nesta Semana Santa. Não devemos fazê-lo como quem está sentado numa poltrona assistindo a uma novela, como telespectador passivo. Vivamos o mistério como quem está dentro da cena. Efetivamente, estamos envolvidos; por nós se realiza a redenção. Sigamos a Cristo acompanhados de Maria, que sofreu terrivelmente, mas se alegrou como ninguém com a ressurreição de Cristo.
Demos graças a Deus pelo abaixamento e pela morte de Jesus Cristo, que, inocente, quis sofrer pelos pecadores, pelos criminosos e foi condenado a morrer. Sua morte apagou nossos pecados, e sua ressurreição nos trouxe vida. Nele, nossos sofrimentos e nossa morte têm sentido, uma vez que a morte não é a última palavra.
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Fonte: Autoria de Rene Zanandréa. Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2010 / Volume: 35. Publicado pelo Portal Luteranos.