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Greve geral nesta quarta, o maior teste para a mobilização contra a reforma da Previdência

Sindicatos de várias categorias confirmaram uma greve geral para esta quarta-feira contra as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo Governo do presidente Michel Temer.

Manifestações contra o Governo também foram convocadas em todo o país pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ligadas ao PT, que encabeçaram os protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Os atos devem acontecer em todas as capitais. Em São Paulo, o protesto está convocado para às 16h na avenida Paulista, na frente do MASP.

A paralisação nacional deve afetar principalmente o transporte público e serviços bancários. Há também previsão de bloqueios em rodovias. O sindicato dos metroviários de São Paulo confirmou que irá paralisar por 24 horas as atividades das linhas do metrô nesta quarta-feira, apesar de uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2) obrigar a categoria a manter o atendimento integral nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 70% nos restante do dia, sob pena de multa.

Além das linhas de metrô, motoristas e cobradores de ônibus decidiram parar da 0h até as 8h na capital paulista _outra liminar do TRT2 também proibiu o movimento. Já o sindicato dos ferroviários de São Paulo afirmou que as linhas da CPTM não serão paralisadas. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que devido à paralisação de parte do transporte público, o rodízio municipal será suspenso para veículos leves nesta quarta. A cobrança da Zona Azul também será suspensa.

Quem pretende ir ao banco, nesta quarta-feira, pode enfrentar problemas também. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Povo de) convocou os bancários de todo o Brasil a participarem da paralisação. Segundo a Contraf, cabe a cada sindicato estadual definir a adesão ou não à greve e o período da paralisação.

Pontos polêmicos

As manifestações coincidem também com o dia de assembleias e greves convocadas por sindicatos da educação no Brasil. Professores municipais e estaduais concordaram em aderir à paralisação com o objetivo de pressionar os deputados a barrarem as mudanças nas regras da aposentadoria no país. Caso a proposta passe no Congresso, a categoria passará a se aposentar pela idade mínima de 65 anos. Hoje professores, que possuem uma aposentadoria especial, podem requerer o benefício com 30 anos de contribuição e as professoras com 25 anos.

No evento criado no Facebook para a convocação dos protestos, as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo afirmaram que é preciso organizar a resistência e conscientizar a população “sobre o brutal ataque aos direitos que vem sendo patrocinado” pelo governo.

“A chamada Reforma da Previdência na verdade tem o objetivo de destruir a aposentadoria do povo brasileiro”, defende também uma carta aberta assinada por dezenas de sindicatos, movimentos e partidos, dentre eles PSOL, PSTU e PT. O texto ressalta ainda que a Reforma da Previdência é “ruim para todos, mas é pior paras as mulheres”.

Uma das principais bandeiras do Governo Termer, a reforma da Previdência, vem sendo bastante questionada antes mesmo de entrar em votação definitiva. O texto está atualmente em tramitação em uma comissão especial na Câmara dos Deputados, onde deverá ser votada até abril. A proposta do Governo foi apresentada no final do ano passado, e tem gerado debates acalorados, inclusive na base aliada do presidente dentro do Congresso.

A proposta prevê pontos polêmicos, como o estabelecimento de idade mínima aos 65 anos para todos os trabalhadores, além dos 49 anos para conseguir o teto da aposentadoria. Além de dificultar o acesso ao benefício, outra crítica ao projeto é a flexibilização da rendas destinadas a deficientes físicos e idosos de baixa renda, hoje vinculados ao valor do salário mínimo.

Mesmo reconhecendo a resistência de alguns deputados de passarem alguns pontos bastante criticados, o Governo ainda acredita que pode passar a proposta como está. “Não temos ainda nenhuma indicação de mudar”, afirmou o presidente da comissão especial da reforma, Carlos Marun (PMDB-MS) à Reuters. “São vários os temas polêmicos, mas não vi até agora nada que melhore a situação.”

Fonte: El País, 13/03/2017.

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