O CEBI-MS realizou, nos dias 06 e 07 de agosto, o Seminário: Bíblia – Fundamentalismos e Intolerâncias. Foram dois dias de grandes vivências, partilhas e experiências que enriqueceram e animaram as pessoas. Este Seminário foi marcado pelas diversidades etárias e religiosas.
No dia 06, a psicóloga do NUDEM (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher – Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul) e feminista, Keila de Oliveira Antônio, nos motivou a refletir sobre as mulheres em situações periféricas, as que têm vozes silenciadas na sociedade. A pastora trans da Igreja Inclusiva Morada, Luana Dhara Arruda Ferreira e Idalina Silva, Abiã no Candomblé Ilê Oiya olá ase Odé d’ewe (Casa da força e honra de Oiya e Odé com segredo das folhas) partilharam sobre suas experiências de vida e as intolerâncias vividas em suas vidas cotidianas.
A noite de sábado foi, ainda, brindada com uma linda roda de conversa embalada por músicas que marcaram nossas vidas ao longo do tempo.
No domingo fomos iluminados/as pela Leitura Popular e Feminista da Bíblia, onde pudemos beber da água de muitas mulheres que, ao longo da história do povo de Deus, foram guiadas pela Divina Ruah para superar os fundamentalismos e as intolerâncias do patriarcado e das religiões.
Finalizamos a seminário celebrando a vida e renovando a esperança de levar a água da vida para todas as pessoas que estão com sede de paz, justiça e amor.
“… Gostamos também do Inter-religioso: mãe de santo, pai de santo e a pastora trans, por ampliar nossa visão do conhecimento em relação às diversas teologias” Lauriza Alves Casa, 68 anos, pedagoga e Oscar Casa,78 anos, cirurgião dentista. Ambos aposentados.
“… algo que chamou atenção foi que todos tiveram suas crenças e opiniões respeitadas, deram seu depoimento e todos os ouviram e respeitaram, tiveram oportunidade de ouvir meios diferentes.” Juliana Portela, 17 anos, estudante.
“…Assuntos que estão profundamente presentes no dia a dia de muitas pessoas, mas que são evitados e desautorizados. O tema da transexualidade dentro de uma religião que tão majoritariamente oprime essa forma de vida me despertou muitas reflexões e a religião de matriz africana igualmente me incitou a curiosidade e o interesse por um resgate cultural, por ser uma pessoa afrodescendente. Posso dizer que vivenciar o seminário foi uma experiência maravilhosa, enriquecedora e de muita troca.” Isabela, 27 anos, estudante do curso de Artes Visuais.
É TEMPO DE ESPERANÇAR…