A secretaria de Segurança Pública de Goiás afirma que foram pais de alunos que entraram na escola para retirar os ocupantes e que a polícia foi chamada porque eles,os pais, teriam sido ameaçados. Essa também é a versão da secretaria de Educação. Os estudantes negam.
Lucas Walker, de 16 anos, conta o momento da invasão: "Eles chegaram pisando na minha cabeça e dando 'bicudas' em mim. Perguntei se tinham a ordem de reintegração de posse, mas me puxaram pela camisa e foram me arrastando para fora da escola, junto com o pessoal".
Lucas relata ainda que uma colega de 14 anos foi golpeada com uma cadeira pelos policiais, todos fardados e armados. "Não eram pais de alunos. A secretaria está escondendo para não cair nas costas dela. Tinha um coordenador e os policiais. Olhei para ele e perguntei 'é sério que você está fazendo isso com a gente?', ele olhou para mim e não respondeu.
O caso foi denunciado ao Ministério Público Estadual (MPE). Os alunos secundaristas ocupam 27 escolas, em todo o estado, em protesto contra o novo modelo de gestão proposto pelo governo Marconi Perillo (PSDB), que terceiriza a administração das escolas a entidades filantrópicas, as organizações sociais (OS).