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Vai ter Balbúrdia no Céu: nota de falecimento do companheiro Edson Costa

por CEBI Nacional*

Este, de fato, é um ano de trevas. Depois das eleições e da posse do Inominável no cargo máximo do país, seguimos tendo vários retrocessos no plano político e ético-social, entre outros. Como o cenário, por si só, já não comportasse absurdos e horrores suficientes, em fevereiro perdemos o Dito, então representante do CEBI Sul no Conselho Nacional. E agora, neste dia 13 (de agosto), marcado para ser um dia de lutas em que tantas pessoas foram às ruas manifestar sua insatisfação e seu medo diante dos rumos deste governo de morte, o nosso amigo-irmão Edison Costa fez sua páscoa.

Durante mais de 10 anos à frente do CEBI-RS, manteve-se sempre atuante nos mais diversos ambientes políticos e religiosos do Estado. Era o articulador do regional, sendo uma espécie de elo de ligação interna (entre os núcleos e escolas bíblicas, de um lado; e no diálogo entre as regiões e o nacional, de outro) e externa (na construção de parcerias e redes com movimentos sociais e outras instituições).

Incansável, ele colaborava também com o CEBI Sul. Além de articular ações e parcerias, era o tesoureiro e o responsável pelos projetos.

Mas o serviço a que mais intensamente se dedicou em seus últimos anos de vida foi o da animação das Campanhas da Fraternidade, às quais buscava imprimir sempre um tom engajado e ecumênico. Via nelas um grande potencial para transformar a triste realidade em que o nosso país se meteu de 2016 para cá.

De temperamento forte, comprou muitas brigas. Era o seu modo de lutar pelo Reino, por aquilo em que acreditava. Mas era também uma pessoa extremamente festeira, sensível e gentil, praticando o desapego das coisas materiais e sempre disposto a servir. Buscava sempre o bem-estar de todos à sua volta e adorava se reunir para celebrar a vida. Some-se a isso que sabia como ninguém reconhecer e incentivar toda e qualquer iniciativa que estivesse a serviço da educação popular e da libertação do povo oprimido.

Amigo de festas e da Palavra, sua energia e sua entrega deixarão saudades. Por outro lado, já está na companhia do Dito, unido às/aos mártires da caminhada, sentados à mesa da alegria, no grande Banquete da Vida, regado a vinho (ou, no caso do Edison, cerveja) e boas risadas.

Viva em paz, grande amigo, que aqui seguiremos seu exemplo, mantendo acesa a balbúrdia!

Nota por CEBI-RS e CEBI Nacional.

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