por CEBI-TO*
Núcleo do CEBI Tocantins de Porto Nacional realiza encontro para celebrar unidade entre cristãos e cristãs.
O CEBI em Porto Nacional, Tocantins, celebrou no dia 19 de maio de 2018, na chácara das irmãs dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils, um momento de reflexão e oração sobre a unidade dos cristãos. Inspirados/as na campanha promovida mundialmente pelo Pontifício Conselho e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC), promove a unidade entre os cristãos e cristãs do mundo todo. CONIC, CEBI, CENEC e outras organizações, também estão em comunhão com as igrejas cristãs.
Inspirados na oração de Jesus em Jo 17:21: “que eles sejam um, assim como nós”. E, no texto em Êxodo “a mão de Deus nos une e nos liberta”, ex.15:1-21.
O cartaz comemorativo da semana foi repassado de pessoa a pessoa cada uma expressando algum comentário do que esse desenho representa. A Semana de Oração pela Unidade Cristã acontece no período de Pentecostes que é um momento simbólico para a unidade da Igreja.
Na carta, das Igrejas-membro, sobre a Semana de Oração pela Unidade Cristã, são destacados dois temas para esta semana:
- Sobre o trabalho escravo e sobre os/as refugiados/as: “… as igrejas assumiram que, tanto no Caribe quanto na América Latina, a Bíblia foi instrumentalizada pelo colonialismo que subjugou as populações originárias destas regiões para justificar a escravidão. É uma história que não pode ser negada. Ela precisa ser revista e reconhecida para que seja superada.”
Em Porto Nacional, o CEBI está representado por irmãs da igreja católica, especificamente das irmãs Dominicanas de Monteils; da igreja Presbiteriana independente, irmãos da igreja Batista; da igreja Adventista e do Centro Espírita “caminho de Jesus” de Porto Nacional TO. Juntos oraram e comentaram os materias produzidos pelo Conselho de Igrejas para Estudo e Reflexão (CIER), de Santa Catarina.
Análise de conjuntura
Foi um momento muito rico e espiritualmente desafiador diante da crise sobre o trabalho escravo, dos refugiados e a situação de retrocessos que o Brasil está vivendo contra os trabalhadores/as nesta conjuntura atual.
Constatou-se que, nos anos de colonialismo e escravidão, a ação missionária, com poucas exceções, muitas vezes justificava e reforçava a triste e desumana realidade da escravidão.
Resgatando a história e as consequências do colonialismo, tanto no Caribe quanto na América Latina, a SOUC 2018 nos convidou para refletir sobre o trabalho análogo à escravidão que, no século XXI, fere tanto a humanidade quanto a imagem de um Deus de amor e liberdade.
A escravidão e o trabalho humano degradante é um desafio contemporâneo a ser assumido pelas igrejas.
Cânticos foram entoados, leituras de salmos e leituras bíblicas, além de uma breve reflexão pelo Pastor Ricardo Mora da IPIB sobre o texto, e comentários de incentivo na busca da unidade das igrejas e grupos cristãos. Que juntos e juntas possamos construir uma sociedade justa e solidária com os emigrantes e trabalhadores.
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Texto e fotos partilhados por Irmã Danize Mata e Pr. Ricardo Mora.