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CEBI-GSP: A Leitura Popular da Bíblia contra o racismo, o machismo e a homofobia

Edmilson Schinelo, secretário de articulação e intercâmbio do CEBI, esteve nos dias 21 e 22 de abril na cidade de Itatiba, no sítio de Salvador e Silvania, com os grupos bíblicos da sub-região de Campinas. O biblista popular ajudou o grupo a refletir sobre a Metodologia da Leitura Popular da Bíblia.

Foram momentos de muita reflexão, escuta, fala, momentos de olhar para a nossa realidade atual e para a necessidade de mudanças de posturas sobre temas que como racismo, machismo, relações de gênero e homofobia.

Sempre à procura da moeda perdida

Em trabalhos de grupo, nos quais analisamos textos bíblicos como o texto de Lucas 15,8-10, foi possível descobrir a riqueza que há neste texto onde a mulher tem dez dracmas, perde uma e revira tudo para encontrar a moeda perdida. Ela acende a candeia, varre a casa, procura cuidadosamente e, quando encontra, se alegra e partilha de sua alegria com a vizinhança.

Os passos realizados pela mulher podem nos acompanhar em nossa leitura da Vida e da Bíblia: se não acendermos a lâmpada, não enxergamos nossos preconceitos, o ódio presente em muitas de nossas falas, as relações de gênero tão desiguais, não há como “varrer bem a casa”, ajeitar o espaço para a construção de novas relações.

Para melhor falarmos deste momento de estudo e partilha, escutemos os depoimentos de algumas pessoas que lá estavam:

“A Leitura Popular da Bíblia é uma leitura que tem muito a ver com a vida do povo no seu dia-a-dia. É uma luz que ilumina o nosso viver. As parábolas de Jesus são textos preciosos. Achei muito bom que pudéssemos falar sobre temas como racismo, relações de gênero, homofobia. Gostei muito de estar presente no encontro.”
Maria das Graças, Campinas

“Que sabedoria tem nosso irmão Edmilson, para externar com entusiasmo os temas da Leitura Popular da Bíblia! Provocando em nós o diálogo através de uma análise critica na interpretação dos textos bíblicos, ajudou a despertar nossa consciência crítica para a realidade, deixando nossos corações ardentes na procura de uma direção onde possamos quebrar estruturas patriarcais e transformar relações.”
Gildemar, Americana

“O encontro foi excelente! De maneira muito simples, mas com muita profundidade, nos levou a colocar desafios presentes em nosso dia-a-dia e problematizá-los, fazendo a ligação com a leitura bíblica. Permitiu-nos o alargamento das relações através de dinâmicas, do ouvir, falar e também o aprofundamento para superação dos desafios apresentados.”
Neide, Campinas

“O estudo foi excelente, muito enriquecedor pela troca de ideias e experiências. Pudemos perceber que a Bíblia, por mais conhecimento que tenhamos dela, sempre se apresenta como novidade para nos ensinar. Muito bom o relacionamento dos participantes entre si e dos participantes com o assessor.”
Paola e Jorge, Campinas.

“Foi um encontro marcante, tanto para mim como para minha esposa. Muito bom a dinâmica do encontro, linguagem bem popular. O que destaco é a discussão sobre racismo e machismo.”
Ana Maria e Eduardo, Nova Odessa.

“A Leitura Popular da Bíblia é uma leitura inclusiva e não excludente. Este é um ponto de partida fundamental. Em tese, qualquer pessoa pode participar dos grupos de leitura popular da Bíblia, sem nenhuma exclusão. Caso contrário, reproduziríamos erros históricos no processo de apropriação da Bíblia, onde a leitura era feita estritamente por especialistas na área. É um processo de educação popular.”
Afonso, Itatiba.

Um encontro das regiões

Estiveram presentes neste encontro 23 pessoas de diversas cidades da região de Campinas, Sul de Minas Gerais e Campo Grande, Mato Grosso do Sul: Americana, Cambuí-MG, Campinas, Campo Grande, Itatiba, Morungaba e Nova Odessa.

 

Somos gratos ao Deus da vida por nos ter proporcionado este momento.

 

Partilha de Erivaldo Silva do Centro de Ecumênico de Estudos Bíblicos da Grande São Paulo.

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