No dia 3 de julho de 2016, o papa Francisco elevou a celebração de Santa Maria Madalena, comemorada todo 22 de julho, à categoria de festa litúrgica no calendário romano.
Com esta iniciativa, Francisco pretende destacar a importância de Maria Madalena, como exemplo de verdadeira e autêntica evangelizadora, uma mulher que mostrou um grande amor por Jesus e por ele foi amada.
Santo Tomás de Aquino chamou Madalena de Apóstola dos Apóstolos por ser ela a primeira pessoa que fez a experiência com Jesus ressuscitado e logo partilhou a novidade com os demais apóstolos.
A decisão de Francisco é um passo importante no caminho para a igualdade entre mulheres e homens também na igreja romana.
De um lado, é importante perceber o protagonismo desta Apóstola dos Apóstolos nas comunidades cristãs das origens.
De outro, é igualmente importante desconstruir a injustiça histórica que se fez com Madalena. Tudo começou com o papa Gregório Magno (540-604) que propagou a ideia de que Madalena era prostituta. A partir de uma leitura equivocada de Lc 7,36-50, Gregório identificou a pecadora, que unge os pés de Jesus, com Madalena. No ido ano de 596 ensinou aos seus fiéis na catedral de Milão, que o exemplo dessa mulher impura e prostituta, porém santa convertida, deveria ser seguido por todas as pessoas.
Para compreender o protagonismo de Madalena na continuidade do movimento de Jesus, você poder ler o artigo de Mercedes Lopes
"…A imagem de Maria Madalena está ligada a cabelos compridos, perfume e lágrimas. Sabemos que a tradição das lágrimas está relacionada à sua angustiosa busca do corpo de Jesus, naquela madrugada do primeiro dia da semana (Jo 20,1.11-18). Mas perfume e cabelos longos expressam a identificação de Maria Madalena com…" (leia o artigo completo aqui)