A militante, desaparecida desde o dia 7 de janeiro deste ano, estava com as mãos e pés amarrados por uma corda e ligada a uma pedra. Ela foi encontrada por trabalhadores da hidrelétrica há 400 metros de sua antiga casa, em um acampamento de pescadores no rio Mutum.
Duas filhas de Nilce foram chamadas ao Instituto Médico Legal para reconhecerem o corpo. A comprovação, entretanto, virá apenas com o resultado do exame de DNA, em aproximadamente 15 dias.
Segundo informações do MAB, um ato político em homenagem a militante será convocado em Porto Velho em breve.
A liderança era conhecida na região por denunciar as violações de direitos humanos cometidas pelo consórcio responsável pela UHE de Jirau, chamado de Energia Sustentável do Brasil (ESBR).
As denúncias geraram dois inquéritos civis que estão sendo realizados pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Um é sobre a não realização do Programa de Apoio à Atividade Pesqueira e outro, de caráter criminal, em função de manipulações de dados em relatórios de monitoramento.
Nicinha, como era conhecida, foi vista pela última vez na barraca de lona onde morava com seu companheiro, Nei, em um acampamento com outras famílias de pescadores, na região de “Velha Mutum Paraná”.
Há cerca de dois meses, Edione Pessoa da Silva, preso após confessar o assassinato da militante, fugiu da Penitenciária Estadual “Edvan Mariano Rosendo”, também em Porto Velho (RO), onde estava detido.