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Dilma: sem redução da pobreza será impossível combater mudanças do clima

Dilma: sem redução da pobreza será impossível combater mudanças do clima
Em discurso na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, nesta sexta-feira (22), em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff disse que firmar o documento que trata de mudanças climáticas é apenas o começo de um caminho desafiador para países desenvolvidos e em desenvolvimento. O acordo prevê o combate aos efeitos das mudanças climáticas e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Dilma assumiu, diante dos chefes de estado e de governo presentes na cerimônia na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), o compromisso de assegurar a pronta entrada em vigor do acordo no Brasil.

“O caminho que teremos de percorrer agora será ainda mais desafiador, transformar nossas ambiciosas aspirações em resultados concretos; realizarmos compromissos que assumimos irá exigir a ação convergente de todos nós, de todos os nossos países e sociedades rumo a uma vida e uma economia menos dependente de combustíveis fósseis, dedicadas e comprometidas com práticas sustentáveis na sua relação com o meio ambiente”, disse Dilma.

O acordo global sobre clima foi aprovado durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Paris, em dezembro de 2015.

A presidenta também disse que é fundamental ampliar o financiamento para o combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas. “É indispensável criar meios de reorientar os fluxos financeiros internacionais de modo permanente para apoiar ações que representem soluções para o problema global”, disse Dilma. Ela destacou também que é necessário que o setor privado desenvolva um esforço robusto na redução das emissões de gases.

A presidenta Dilma lembrou que o Brasil traçou metas ousadas sobre o meio ambiente e disse ter orgulho do trabalho desenvolvido por seu governo e pelo país para a construção de Acordo de Paris. Afirmou, ainda, que os efeitos negativos das mudanças ambientais recaem principalmente sobre as populações mais pobres.

Pobreza e desigualdade

“Meu governo traçou metas ambiciosas e ousadas porque sabe que os riscos associados aos efeitos negativos recaem fortemente sobre as populações vulneráveis do nosso país e do mundo quando nós não tomamos medidas corretas para contenção da mudança do clima. Essa preocupação deve ser compartilhada agora e por todos nós. Sem a redução da pobreza e da desigualdade não será possível vencer o combate à mudança do clima”, afirmou.

Ao longo do discurso, Dilma citou metas brasileiras já anunciadas por ela em evento da ONU, em setembro do ano passado, de contribuir com a redução de 37% na emissão de gases de efeito estufa até 2025 e de 43% até 2030, tendo 2005 como ano-base.

Representantes de cerca de 160 países assinam o acordo de Paris, que foi fechado em dezembro de 2015, depois de difíceis negociações entre 195 países e a União Europeia. Para que entre em vigor em 2020, o acordo, no entanto, só se concretizará quando for ratificado por 55 países responsáveis por, pelo menos, 55% das emissões de gases de efeito de estufa.

A presidenta Dilma Rousseff discursou hoje (22) na sessão de abertura da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris, na sede da ONU, em Nova York. Dilma mencionou a crise política que vive o Brasil e disse que a sociedade brasileira soube vencer o autoritarismo, construir a democracia e saberá impedir retrocessos.

 
*Por Agência Brasil

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