Um mergulho na história e na cultura do mundo bíblico para entender a vida e a obra do apóstolo Paulo.
Assim foi a reunião que aconteceu em 23 de junho, em Brasília, assessorada por Edmilson Schinelo, sob coordenação do Centro de Estudos Bíblicos, que contou com a participação de 15 pessoas. Era mais uma etapa da da EBA – Escola Bíblica de Adultos, do CEBI.
Em um encontro dinâmica, a primeira reflexão foi acentuar a impressão dos participantes sobre pontos que admiravam e outros que mereciam mais luz e esclarecimentos a respeito dos escritos paulinos.
Depois que cada pessoa opinou sobre a admiração para com o personagem estudado, Edmilson contribuiu para desmistificar a tradicional ideia do apóstolo Paulo solitário, que escrevia de próprio punho as cartas. O apóstolo fez discípulos. As 13 cartas (se o livro de Hebreus for considerado somam-se 14) não foram redigidas somente por ele, mas em equipe. "Na verdade, Paulo vivia em comunidade e um grupo o ajuda a escrever. Portanto, a experiência foi coletiva", disse Edmilson.
Outra atividade bem produtiva foi analisar as fases da vida de Paulo. Do nascimento – na cidade de Tarso, à educação nobre que recebera na cultura judaica (farisaica), a conversão, as três viagens missionárias nas quais levou o Evangelho de Jesus Cristo aos povos fora da Palestina (à Itália e à Grécia) e a morte em Roma.
Para encerrar, debate acalorado sobre os polêmicos temas como a visão que o apóstolo tem das mulheres e os elogios que faz às que o ajudaram ministerialmente (Romanos 16), o papel feminino na igreja (1º Coríntios 14:34) e a sujeição ao marido (Efésios 5:22). Analisando com cuidado as cartas, percebe-se a presença feminina sempre constante durante o ministério paulino. Ele elogia o trabalho produtivo das mulheres e ressalta que as ama na comunhão da igreja. Uma atitude de mudança de paradigma para um homem que vivia em uma cultura patriarcal, onde as mulheres eram consideradas propriedade masculina.