É do conhecimento de todas e todos nós, os ataques, crimes e violações de direitos que ocorreram neste último mês contra os Guarani e Kaiowá. O assassinato do jovem Alex Lopes em uma fazenda no entorno da Reserva de Taquapery (Coronel Sapucaia) que motivou a retomada de Jopara. E entre os dias 23 e 24 uma série de ataques as comunidades de Guapo’y (Amambai – MS) e Kurupy (Naviraí – MS). Fazendeiros da região e policiais militares invadiram estas comunidades indígenas, no intuito de expulsá-las, por meio do uso da força, mesmo não havendo ordens judiciais. Em Guapo’y, a tropa de choque da PM disparou tiros de borrachas e letais com armas de fogo, inclusive utilizando helicóptero para soltar bombas sobre a comunidade, deixando dezenas de crianças, adolescentes e jovens feridos. Com 3 tiros, inclusive pelas costas, Vitor Fernandes Kaiowá, de 42 anos foi assassinado. Devido à gravidade e a truculência do ataque, os indígenas se referem à situação como “Massacre de Guapo’y”, recordando ato semelhante ocorrido em 2016, na cidade de Caarapó, em que a polícia, em um ataque deixou dezenas de feridos e assassinou o jovem Clodiode Rodrigues, também do povo Kaiowá.
Diante desta situação alarmante, a CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço) o CEBI-MS (Centro de Estudos Bíblicos) o CIMI-MS, apoiados pelo FEACT (Fórum Ecumênico ACT – Brasil) e pelo CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), convocam igrejas, organismos ecumênicos e organizações baseadas na Fé que atuam na defesa de direitos para um ato Ecumênico em Campo Grande, dia 20 de julho às 14 horas e 30 minutos na FETEMS, Campo Grande/MS.