Na abertura, as e os participantes cantaram Para não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré, acendendo velas. Na sequencia, foi lido o texto de 2° Pedro 1.5-11:
No encontro, foram lembrados os jovens João Antônio Donati, 18 anos, assassinado na cidade de Inhumas (GO), Samuel da Rocha, 23 anos, assassinado em São Paulo (SP) e Wanderson Silva, 17 anos, assassinado em Bayeux (PB). A urgência de uma lei de criminalização da homofobia e a necessidade de uma leitura libertadora da bíblia foram assuntos trazidos entre as pessoas presentes.
De acordo com um levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia, a cada 28 horas uma pessoa é vítima de crime com motivação homofóbica no Brasil. A expectativa de vida das travestis é de 36 anos, contra 73 anos da população em geral. A homofobia, a transfobia e a lebofobia colocam o país em primeiro lugar no ranking dos países de maior risco para pessoas homossexuais.
Para o coordenador do Programa Gênero e Religião da EST, professor Dr. André Musskopf, além de lembrar das vítimas da homofobia, a vigília foi um momento de marcar estas histórias como um símbolo de resistência e luta, como um alerta para evitar novos atos de violência.
O assessor técnico da FLD, Rogério Aguiar, avaliou que "a diaconia, em sua dimensão intercessora e profética, estava visivelmente apresentada neste momento. Ao mesmo tempo que o ato envolvia orações de intercessão, também incentivava a denúncia da violência homofóbica, machista e racista que vitima tantas pessoas em nosso país."