1. A Lava Jato vai prosseguir com suas investigações, com a mesma fúria e atropelando garantias? Vai manter seu foco na esquerda ou agora, para mostrar que não agiu partidariamente, vai investigar peemedebistas, tucanos, pepistas e outras tribos que têm caciques enrolados em maracutaias?
2. Os empresários vão desencavar os recursos que guardaram para tornar a crise econômica mais aguda, inclusive parte dos milhões que ganharam em desonerações durante a era Dilma?
3. A mídia manterá acesa sua câmara ardente da purificação, investigando com a mesma energia o novo governo? A civilidade voltará a imperar nas suas relações com o poder constituído? Ou Temer e os de seu governo também poderão ser insultados por meios impressos e eletrônicos?
4. O Congresso voltará a ter responsabilidade fiscal depois de aprovar pautas-bomba e de derrubar uma presidente em nome do zelo com as contas e o orçamento?
5. Eduardo Cunha será reabilitado moralmente pelo governo Temer e ou será mandado aos mares?
6. Os programas sociais serão mesmo preservados, assim como os direitos trabalhistas ou prevalerá o que está escrito no documento Ponte para o Futuro?
Caberiam muitas outras perguntas na lista de condutas negativas que marcaram a era petista, atuando para corroer a confiança em Dilma e em seu governo. Se elas não se repetirem na era petista, contemplaremos a nudez dos que as praticaram com propósito meramente desestabilizador e partidário. A visão desta nudez, entretanto, não devolverá à democracia brasileira o que lhe foi tirado, o respeito à vontade popular, nem sanará a ferida que foi aberta. Mas será uma boa resposta para os minimizavam a força e o curso de um antipetismo que se transfigurou em ódio, preconceito e fascismo. Isso depois veremos. Mas todos os sinais são de que agora teremos Lava Jato mais branda, imprensa dócil, Congresso responsável e assim por diante.