“O atual sistema político não tem legitimidade por uma série de fatores. O motivo que leva a essa proposição não é o enfrentamento do déficit democrático, da subrepresentação de diversos setores – mulheres, negros, indígenas, da classe trabalhadora. É unicamente para que os que estão no poder lá continuem. É reformar para não mudar. Para que, nas eleições de 2018, o mesmo grupo se perpetue. Estão pegando propostas como financiamento público, lista fechada – coisas que defendemos – com um objetivo totalmente diferente da sociedade civil.”
Para o cientista político Juliano Domingues, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), “a lista fechada é um mecanismo associado a contexto em que há partidos fortes, enraizados na sociedade”, algo que não temos ainda no Brasil, alerta.A reportagem cita as páginas da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político e do Inesc como fontes importantes para acompanhar as propostas em discussão e “questionar o real interesse do Congresso com as pequenas reformas eleitorais”.
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Fonte: Reportagem do Jornal do Commercio, de Pernambuco, sobre as propostas de reforma eleitoral e do sistema político que circulam entre deputados e senadores, em Brasília. Publicado em www.inesc.org.br, 27/03/2017.
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