Da Semente de Simeão Vilharva
aos frutos de Nhanderu Marangatu,
Da CPI do CIMI à CPI Genocídio
Da morte a resistência de Apyka´i.
A partir da Missão Ecumênica a favor da vida dos Kaiowá Guarani e dos povos indígenas do estado do Mato Grosso do Sul (MS), realizada em outubro de 2015 nessa região, muitas forças se juntaram. Com a graça divina uma boa parte veio pra somar juntos aos povos, em seus modos de vida e de organização social. Não havendo como ser diferente em um estado com tamanho histórico de violência contra os indígenas, forças contrárias à vida em abundância para todos e todas também se organizaram.
Para estas forças o simples fato de que um índio existir já incomoda, porque atrapalha o modelo de desenvolvimento. A prova disso são as inúmeras tentativas de despejo, e de deslegitimação do movimento indígena e de suas lideranças.
Nesses últimos dias, mais um brutal ataque que resultou no assassinato do agente de saúde Kaiowá Clodiodi de Souza e deixou pelo menos outros seis indígenas feridos, em Caarapó, no Mato Grosso do Sul. A lista de liderança indígenas assassinadas no MS cresce sem que nenhuma medida efetiva seja feita para impedir o avanço dessa violência ou mesmo para punir seus executores e mandantes.
Esses fatos, por diversas vezes, colocaram em risco sorrisos e sonhos de crianças, jovens e idosos, mulheres e homens indígenas da nação Guarani, dos povos indígenas de MS e do Brasil, ameaçando diretamente o DIREITO à VIDA dessas pessoas, não lhes garantindo minimante a segurança de existência futura.
Como nos ensina o povo Guarani-Kaiowá, não podemos nos intimidar, diante de tantos sinais de morte. Nhanderu, manda dizer que a hora é agora! Portanto, a luta não pode ser interrompida. Motivados e motivadas por essa força e pela esperança de que é possível transformar a violência, garantindo terra para todas as pessoas, tanto para indígenas quanto para agricultores, nós missionárias e missionários do Conselho Indigenista Missionário, das organizações ecumênicas que se articulam do Fórum Ecumênico ACT Brasil, entre elas: CESE, CEBI, CONIC e PAD, FLD, Diaconia, nos colocamos solidariamente e profeticamente ao lado dos Guarani-Kaiowa. Nas engrenagens desse sistema de dominação somos vistos como área, mas não estamos sozinhos e agradecemos a Deus por isso e por todos os outros parceiros que também se juntaram a essa luta e nos apoiaram nessa jornada.
Com o fim da CPI do CIMI e com a finalização dos trabalhos da CPI do Genocídio, fruto também da vinda das diferentes igrejas e religiões para o MS, reforçaremos o nosso compromisso com os povos e com os nossos parceiros de missão. Por isso, nossa presença em MS.
PROMOÇÃO: FEACT-Brasil e PAD
COORDENAÇÃO: Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e o Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI)
APOIO DE PARCEIROS INTERNACIONAIS: Pão para o Mundo (PPM- Alemanha) e HEKS- (Suíça)
MISSÃO ECUMÊNICA JUNTO AOS POVOS INDÍGENAS DO MS
PROGRAMAÇÃO
DIA 14 DE JULHO, QUINTA- FEIRA
10h00 – Ato Ecumênico em frente à Assembleia Legislativa, em Campo Grande/MS
(concentração a partir das 9h30)
Leitura simbólica do voto do deputado Pedro Kemp na CPI contra o CIMI
Leitura simbólica do voto do deputado João Grandão na CPI do Genocídio
12h00 – Almoço
14h00 – Reunião no Ministério Público Federal, em Campo Grande/MS
Conversa com Emerson Kalif Siqueira, procurador-chefe da Procuradoria da República de Mato Grosso do Sul.
16h00 – Deslocamento para Dourados
20h00 – Jantar e Noite cultural, Dourados/MS
Momento de convivência com lideranças, apoiadoras e apoiadores da causa indígena
Apresentação do Vídeo sobre a Missão Ecumênica
22h00 – Descanso
DIA 15 DE JULHO, QUINTA- FEIRA
07h30 – Deslocamento para Caarapó/MS (serão entregues as doações de agasalhos e cobertores reunidos através da campanha “Inverno solidário”. Até agora foram 286 cobertores, além de roupas de frio.)
10h00 – Ato Ecumênico junto às comunidades indígenas Tey Jussú
(concentração e convivência a partir das 9h00)
11h30 – Almoço com a comunidade indígena
13h30 – Saída de Caarapó
14h30 – Visita a Comunidade Apyca’i, de Dona Damiana)
15h30 – Término
(deslocamento para o aeroporto, no caso de quem viaja de avião; retorno das demais comitivas)