Tempos difíceis estão vivendo os trabalhadores brasileiros, sobretudo os que conseguem sabe Deus como, sobreviver com o “salário mínimo” tendo muitos deles que fazer na linguagem religiosa “milagre”, na linguagem de artistas de circo “malabarismo” e na dos ilusionistas “mágica”, pois não dá nem para comparar com o que ganham, por exemplo, os deputados federais. Cada deputado federal ganha R$33.763,00 além de ter direito a uma cota para uso de despesas como combustível, alimentação, passagens aéreas, hospedagens e também não gastam com residência em Brasília
Os / as que ganham o salário mínimo não tem esta “enorme ajuda”. Até o vale transporte é descontado. Uma grande parcela mora em locais de risco já que é o que pode alugar ou o que deu para comparar.
Sabe-se que o que ganha o patrão é sempre superior ao que ganha o empregado. Quando se entra no mundo político isto não se aplica, pois quem é o patrão dos representantes da população brasileira senão o “povo”, senão aqueles e aquelas que ganham o “mínimo do salário”? Ó “louca contradição!” Além disso, quando um político se aposenta não recebe o mesmo valor (mais uma boa quantia) que um trabalhador comum recebe ao se aposentar.
Nos dias atuais os trabalhadores e trabalhadoras estão correndo perigo de perderem seus direitos. A Reforma da previdência é uma ameaça real e se deve lutar pacificamente contra tal projeto que os / as penaliza. Enquanto isso se sabe
O deputado Manuel Rosa Neca (PR-RJ) chegou à Câmara como suplente, em janeiro de 2013. Cinco meses mais tarde, ingressou no plano de previdência dos congressistas. Completou apenas dois anos de mandato como deputado federal. Com o aproveitamento (averbação) de parte de mandatos anteriores de vereador e prefeito em Nilópoles (RJ), além de mais 26 anos de contribuição ao INSS, conseguiu a aposentadoria e recebe, hoje, R$ 8,6 mil. Esse é um dos exemplos das facilidades do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que conta com regras bem mais brandas e flexíveis do que as previstas na reforma da Previdência a ser votada pelos deputados e senadores nos próximos meses.
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Tudo isso é absurdo onde não se deve de maneira nenhuma ficar calado, mais procurar mudar tal realidade, afinal todos são iguais perante a lei ou não? É imprescindível colocar em prática o que diz São Paulo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito.” (Rm 12, 2)
Será da vontade do Transcendente que é “Pai”, “Mãe” que haja diferença entre seus filhos e filhas: uns se aposentem e outros só trabalhem, trabalhem?
Conformando-se com as estruturas injustas deste mundo nada mudará. A mudança deve acontecer na cabeça do povo: “renovando a vossa mente”, ou seja, tendo uma consciência crítica e acreditando piamente que a vontade de Deus é que os pequenos sejam sujeitos da história e não tapetes, em outras palavras, vão às ruas, usem os meios de comunicações para dizer “não” a esta Reforma da previdência e anotem os nomes dos que votaram e venham a votar a favor deste projeto que sufoca e mata para não votar neles nas Eleições e assim começar a derrubar essa desigualdade gritante.
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Fonte: Texto de Ribamar Portela, teólogo e assessor do CEBI.