Olhar esperançoso e conforto no estômago, pelo menos por alguns dias! Esta é a constatação feita pelo grupo do CEBI e de outras entidades que também ajudaram na distribuição de alimentos junto às comunidades Guarani Kaiowá, da região Sul de Mato Grosso do Sul.
Parte dos alimentos foi doada por pessoas e comunidades das cidades de Dourados e Campo Grande/MS. Outra parte é proveniente de contribuições em dinheiro vindas de diferentes partes do Brasil. A Secretaria Nacional do CEBI transfere o valor arrecadado à equipe de Dourados, que providencia a compra dos alimentos e o caminhão para o transporte. No último sábado foram visitadas as comunidades de Kurusu Ambá II e III (Coronel Sapucaia/MS), Pyelito Kuê (Iguatemi/MS), Kurupy (Naviraí/MS) e Guaviry (Aral Moreira/MS). Professores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), MST, Coletivo Terra Vermelha e outras entidades também se juntam no mesmo esforço.
Indignação com a omissão do Estado
Além da solidariedade às crianças famintas, a campanha também tem por objetivo denunciar a omissão dos governos estadual e federal. Submetidos aos interesses do agronegócio e do capital internacional, os governantes são coniventes com o genocídio brutal e permanente. Apesar do esforço e da boa vontade de pessoas que atuam nos órgãos públicos, não há condições de trabalho. Foi denunciada a existência de uma quantia de cestas básicas paradas em um depósito da CONAB. O Governo Federal, no entanto, não fornece combustível e pessoal para o transporte e distribuição. E a burocracia impede que a sociedade civil faça isso. A própria Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Cidadania afirma encontrar dificuldades. Uma ação pública foi movida através da Defensoria Pública. O Exército foi acionado e deverá ajudar nos próximos dias.
A entrega de cestas foi pensada há alguns anos como ação emergencial a ser conduzida pela Conab. Esse socorro deveria ser substituído por políticas públicas estruturantes (demarcação das terras, apoio à agricultura, mercado de trabalho, geração de renda). Mas nem mesmo as cestas estão sendo garantidas, por isso a movimentação do CEBI e de entidades apoiadoras dos povos indígenas.
A campanha continua
No final de janeiro, nova visita será feita às comunidades. Enquanto os órgãos públicos são pressionados, a sociedade civil e as igrejas fazem sua parte.
Você ainda pode colaborar. Faça a doação de qualquer valor!
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