Você sabia que muitas famílias ainda convivem com esgoto a céu aberto, falta de coleta regular de lixo e de água potável? Essa cena não fica restrita a lugares menores, de interior, que possuem menos visibilidade. Também fazem parte da realidade de periferias dos grandes centros urbanos.
No estado do Maranhão, por exemplo, cidades de diferentes tamanhos possuem este cenário que mescla falta de informação, de atuação das autoridades e de recursos melhor aplicados. “Praticamente nenhuma cidade do Maranhão tem saneamento básico”, afirma a coordenadora estadual da Pastoral da Criança, Adriana Aleixo. Nos últimos anos, ela tem conversado com os demais coordenadores e líderes do estado e percebido o quanto essa situação afeta as famílias, gerando riscos para a saúde e o bem estar, especialmente para as crianças.
Impossibilidades ou descaso?
No município de Itinga, que possui uma população de aproximadamente 25 mil habitantes (IBGE), já foi observada a relação da falta de condições adequadas de saneamento e a ocorrência de casos de diarreia. “Não há visita dos órgãos da saúde no Vale do Itinga e no assentamento Santa Maria. Algumas comunidades, por mais que a Pastoral visite e oriente, não é o suficiente. Com esgoto a céu aberto e água de poço não tratada, até os adultos adoecem”, informa a coordenadora, a partir dos relatos locais e visitas à Paróquia Bom Jesus da Lapa.
Em Pindaré Mirim, onde moram mais de 30 mil pessoas, a situação não é muito diferente. O esgoto corre pelas ruas e fica acumulado junto com o lixo que não tem um descarte correto. É o que mostram as fotos da região. “Semelhante à capital São Luís”, compara.
Incomodar para mudar
O saneamento básico deve ser uma preocupação dos órgãos de todas as cidades. Se não for, cabe aos cidadãos não se conformarem e se unirem para cobrar seus direitos.
“Nossa participação tem sido em alguns Conselhos de Saúde”, conta Adriana. E, também, a partir do contato frequente com a coordenação nacional da Pastoral da Criança, para que o assunto seja lembrado em reuniões, encontros, viagens e outras oportunidades para trazer à tona o assunto e promover mudanças. O processo é lento, mas não se pode desistir.
Com a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano e o envolvimento de todas as religiões, mais uma força é somada a essa luta. “A Pastoral da Criança sempre lutou pelo cuidado do planeta, pelo cuidado da natureza, pelo cuidado da vida e sempre lutou pelos saneamento básico, que traz vida. Por isso, este tema da Campanha da Fraternidade 2016 nos estimula a realizar ações concretas”, afirma Lenita Gripa, coordenadora diocesana da Pastoral da Criança no munício indígena de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Por lá, o caso também é alarmante, segundo o relato da coordenadora: “Não tem água encanada e nem esgoto. Existe uma captação de água do Rio Negro, que chega até algumas casas, sem tratamento algum. O esgoto está a céu aberto. O lixo da cidade é jogado num espaço chamado “Lixão”, na frente de uma comunidade acompanhada pela Pastoral da Criança. A Câmara de Vereadores, juntamente com algumas entidades locais, está denunciando e procurando caminhos de saída”.
Com isso, as famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança sofrem pela situação de descaso do poder público. As crianças e os adultos são afetados por verminoses, doenças de pele e outras. “Vamos, nesse ano, investir forças no trabalho de conscientização sobre o cuidado da casa comum e os direitos garantidos na Constituição Federal a cada pessoa. A Pastoral da Criança, por meio dos líderes e dos articuladores dos Conselhos Municipais, quer apresentar questões práticas, concretas, organizando reuniões, levantando quais são os problemas que existem na comunidade e tentando encontrar saída para que haja saneamento básico, para que haja coleta de lixo, para que as pessoas possam transitar livremente numa rua saudável”, acredita Lenita.
No estado do Maranhão, por exemplo, cidades de diferentes tamanhos possuem este cenário que mescla falta de informação, de atuação das autoridades e de recursos melhor aplicados. “Praticamente nenhuma cidade do Maranhão tem saneamento básico”, afirma a coordenadora estadual da Pastoral da Criança, Adriana Aleixo. Nos últimos anos, ela tem conversado com os demais coordenadores e líderes do estado e percebido o quanto essa situação afeta as famílias, gerando riscos para a saúde e o bem estar, especialmente para as crianças.
Impossibilidades ou descaso?
No município de Itinga, que possui uma população de aproximadamente 25 mil habitantes (IBGE), já foi observada a relação da falta de condições adequadas de saneamento e a ocorrência de casos de diarreia. “Não há visita dos órgãos da saúde no Vale do Itinga e no assentamento Santa Maria. Algumas comunidades, por mais que a Pastoral visite e oriente, não é o suficiente. Com esgoto a céu aberto e água de poço não tratada, até os adultos adoecem”, informa a coordenadora, a partir dos relatos locais e visitas à Paróquia Bom Jesus da Lapa.
Em Pindaré Mirim, onde moram mais de 30 mil pessoas, a situação não é muito diferente. O esgoto corre pelas ruas e fica acumulado junto com o lixo que não tem um descarte correto. É o que mostram as fotos da região. “Semelhante à capital São Luís”, compara.
Incomodar para mudar
O saneamento básico deve ser uma preocupação dos órgãos de todas as cidades. Se não for, cabe aos cidadãos não se conformarem e se unirem para cobrar seus direitos.
“Nossa participação tem sido em alguns Conselhos de Saúde”, conta Adriana. E, também, a partir do contato frequente com a coordenação nacional da Pastoral da Criança, para que o assunto seja lembrado em reuniões, encontros, viagens e outras oportunidades para trazer à tona o assunto e promover mudanças. O processo é lento, mas não se pode desistir.
Com a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano e o envolvimento de todas as religiões, mais uma força é somada a essa luta. “A Pastoral da Criança sempre lutou pelo cuidado do planeta, pelo cuidado da natureza, pelo cuidado da vida e sempre lutou pelos saneamento básico, que traz vida. Por isso, este tema da Campanha da Fraternidade 2016 nos estimula a realizar ações concretas”, afirma Lenita Gripa, coordenadora diocesana da Pastoral da Criança no munício indígena de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Por lá, o caso também é alarmante, segundo o relato da coordenadora: “Não tem água encanada e nem esgoto. Existe uma captação de água do Rio Negro, que chega até algumas casas, sem tratamento algum. O esgoto está a céu aberto. O lixo da cidade é jogado num espaço chamado “Lixão”, na frente de uma comunidade acompanhada pela Pastoral da Criança. A Câmara de Vereadores, juntamente com algumas entidades locais, está denunciando e procurando caminhos de saída”.
Com isso, as famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança sofrem pela situação de descaso do poder público. As crianças e os adultos são afetados por verminoses, doenças de pele e outras. “Vamos, nesse ano, investir forças no trabalho de conscientização sobre o cuidado da casa comum e os direitos garantidos na Constituição Federal a cada pessoa. A Pastoral da Criança, por meio dos líderes e dos articuladores dos Conselhos Municipais, quer apresentar questões práticas, concretas, organizando reuniões, levantando quais são os problemas que existem na comunidade e tentando encontrar saída para que haja saneamento básico, para que haja coleta de lixo, para que as pessoas possam transitar livremente numa rua saudável”, acredita Lenita.