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Celebração da diversidade abre Simpósio Ecumenismo e Missão

Celebração da diversidade abre Simpósio Ecumenismo e Missão
 Teve início na noite desta quinta, 21, no Centro Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista (SP), o Simpósio Ecumenismo e Missão – Testemunho Cristão em um Mundo Plural. “Estamos aqui para descobrir a unidade na pluralidade e refletir os desafios da fé cristã”, disse dom Francisco de Assis da Silva, bispo Primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, na celebração da diversidade que abriu o encontro.
 
“Esperamos sair daqui animados e fortalecidos na unidade, prontos para dizer ao mundo plural que nós compreendemos e amamos a pluralidade”, almejou o bispo ao acolher os participantes.
 
Promovido do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), em parceria com a PUC-PR e as comissões de Ecumenismo, Laicato e Missão da CNBB, o evento reúne cerca de 100 pessoas entre leigos(as), consagradas e ordenadas nas diversas Igrejas cristãs, estudantes de teologia e convidados.
 
A presidência da celebração foi compartilhada por lideranças de várias igrejas. Coube ao presidente do CONIC, dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR) destacar os objetivos do Simpósio. “Nestes dias vamos refletir e identificar as alternativas para a missão no contexto de pluralismo religioso e multiplicidade de sujeitos”. O evento pretende celebrar e fazer memória de dois grandes acontecimentos do movimento ecumênico no Brasil. “Trata-se de dois jubileus de ouro: o Concílio Vaticano II (1962-1965) e a Conferência do Nordeste (1962)”. Dom Manoel constatou ainda, que a liberdade religiosa é “uma conquista significativa. No entanto, sabemos que temos um longo caminho a percorrer. Uma onde de fundamentalismo tende a se alastrar cada vez mais; as notícias de intolerância religiosas acompanhadas de violência e barbárie são praticamente diárias; o conceito de Estado laico se confunde com Estado laicista onde se tem a tentação de exigir dos cidadãos atitudes e comportamentos contrários à sua fé e que ferem suas consciências”.
 
Por fim dom o presidente do CONIC fez um apelo. “Não podemos cair na tentação de pregar as nossas igrejas, porque o que interessa é o Reino. A sede de Deus sentida por muitos de nossos irmãos e irmãs será saciada através de uma comunhão fraterna que se torna fascinante e resplandecente. Seria muito bom que as nossas igrejas dessem especial atenção à beleza principalmente nas celebrações”.
 
Cânticos e orações em favor da paz no mundo e pelos cristãos perseguidos, deram um sentido universal à celebração. “Diversidade original, complexidade fundamental. Tu és fonte da pluralidade da vida, Tu és ponte criando conexões. Nada do que existe é fora do Teu ser. Nada do que será te é estranho. Estamos nós preparados para ti?”, dizia um dos textos.
 
As ofertas recolhidas na celebração serão destinadas ao fundo da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE), que há 41 anos apoia projetos de promoção da justiça e direito.
 
Na programação, as reflexões terão a participação de nomes como Zwinglio Motta Dias, frei Carlos Mesters, padre Oscar Beozzo, Joanildo Burity, Ignes Costalunga, Roberto Zwestsch, pastor Walter Altmann, Wanda Deifelt, Marcelo Schneider, dom Maurício Andrade e Cibelle Kuss.
 
A primeira conferência na manhã desta sexta, 22, fez um resgate da caminhada histórica do movimento ecumênico no Brasil tendo como pano de fundo a Conferência do Nordeste e documentos do Concílio Vaticano II sobre a missão e o diálogo ecumênico. Segundo a pastora Romi Bencke, secretária Executiva do CONIC, o que norteará o Simpósio é a busca de ações comuns para o trabalho ecumênico e missionário.

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