Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.
(Deuteronômio 10:19)
Nós padres da caminhada, sensibilizados com a situação dilacerante que envolve o conflito Israel-Palestina,solidários com todas as pessoas que sofrem em ambos os povos , mas cientes da dimensão histórica que o motiva, não aceitaremos de modo algum, que o álibi evocado por Israel de destruir o grupo terrorista Hammas, sirva para massacrar um povo, até agora sem o legitimo direito a independência do seu território.
Conclamamos que a decisão da ONU de 1948 que preconizava dois estados na divisão do território chamado Palestina, deva ser imediatamente cumprida!
Lamentamos que ao longo desses anos, em vários conflitos, Israel se tenha apoderado da maior parte desse território, isolando os palestinos na Cisjordânia e na faixa de Gaza e invadindo constantemente com as suas forças de segurança ,esse espaço. Israel repete com o povo palestino, os massacres de que foi alvo no século passado e ao longo dos últimos séculos.
Entendemos que nada pode justificar o genocídio levado a cabo, tendo como vítimas mais de 5.000 crianças. Protestamos e denunciamos a política ocupacionista de Israel na colonização constante e progressiva dos territórios palestinos, bem como a violência protagonizada pelos colonos armados pelo Estado de Israel. Apelamos, não para uma trégua provisória, mas para o fim imediato dessa invasão e para a criação do Estado Palestino independente, como solução definitiva. Nenhuma guerra, como nos lembra o papa Francisco, tem qualquer sentido! Por fim, nos solidarizamos com os irmãos palestinos, que abandonados pelos organismos internacionais sofrem um massacre no que já foi chamada “a maior prisão a céu aberto”!
“Não o importa o quão necessária seja uma guerra. Ela será sempre um crime” Ernest Hemingway
Padres da Caminhada e Padres Contra o Fascismo
30 de novembro de 2023.