Os dois outros grupos que votaram em maioria contra Dilma não atingiram dois terços dos votos – índice necessário para a aprovação do parecer de Arantes. Entre os 228 parlamentares financiados por empreiteiras, 147 votaram pelo impeachment (64,47%). Já entre os que atuam pela saúde foi um placar muito apertado: 12 dos 22 votos pró-impeachment (54,54%) e nove pró-Dilma (40,91%).
Houve ainda uma quase unanimidade favorável à petista no diminuto grupo que atua pelos direitos humanos. Apenas um dos 24 deputados dessa bancada, Sarney Filho (PV-MA), se posicionou pela saída da presidente, o que levou a um índice de rejeição ao impeachment de 95,83%. Entre os 43 deputados da bancada sindical, 35 apoiaram Dilma, ou 81,36%, e oito votaram contra a presidente (18,6%). Os índices estão bem acima dos magros 26,72% alcançados pelo “não” em plenário, com apenas 137 apoiamentos.
Em números absolutos, o apoio dos parlamentares da bancada empresarial foi o mais expressivo, com o voto “sim” de 186 dos seus 218 integrantes. Em seguida, vem a dos parentes, que registrou o apoio de 181 dos 243 integrantes. Entre os ruralistas, que somam 205 deputados, foram 170 manifestações favoráveis ao parecer do relator, enquanto o impedimento da presidente foi apoiado por 161 dos 192 evangélicos. Vale lembrar que um deputado pode pertencer a mais de uma bancada.
O parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) teve também 30 votos favoráveis da bancada da bala, de um total de 34 parlamentares financiados pelo setor de armas e munições ou ainda aqueles que defendem as propostas mais duras para a segurança pública. O grupo de deputados que apoia a mineração é outro pouco expressivo numericamente, com 24 integrantes, e rendeu 19 votos. Também nanica, a turma da bola, ligada à CBF e a clubes de futebol, dedicou 10 dos 14 votos favoravelmente ao impeachment.