O trabalho para construir a Civilização do Amor é “importante e urgente” e todos os agentes de pastoral juvenil, jovens e assessores, tem a obrigação de participar efetivamente desse processo.
Com essa provocação, começou o terceiro dia de trabalhos do XVII Encontro Latino Americano de Responsáveis Nacionais de Pastoral Juvenil, que aconteceu em Ypacarai, Paraguai.
“É importante e urgente que trabalhemos pela Civilização do Amor”, resumiu dom Mariano Parra, bispo responsável pela seção juventude dentro do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Dom Parra lembrou o caminhar da pastoral juvenil desde quando o papa Paulo VI propôs a busca da Civilização do Amor, em 1975, como conjunto de ações morais, civis e econômicas para permitir à vida humana uma condição melhor de existência. O conceito foi incorporado no magistério de João Paulo II e Bento XVI e também do episcopado latino-americano.
“Não é uma nova ideologia, mas viver de acordo com o Evangelho”, disse o bispo. O primeiro documento da pastoral juvenil para construção da Civilização do Amor foi apresentado no V Encontro Latino Americano de Responsáveis Nacionais em Bogotá em 1987.
Características
As características da Civilização do Amor são, segundo dom Parra:
- Proposta total: projeto de vida que implica todos os âmbitos da existência;
- Compromisso: exige um esforço decidido e, principalmente, organizado;
- Utopia e realidade: ideia que vai concretizando nos pequenos e nos grandes compromissos;
- Tarefa diária:
- Tempo de esperança permanente;
- Projeto e missão: dimensão ressalta a partir das reflexões da Conferência de Aparecida em 2007.
Cotidiano
“Através da construção do amor, fazemos presente o reino de Deus na terra. Devemos ser pontes de reconciliação, fraternidade, amor e paz”, disse.
“Como jovens, na hora de reclamar, somos muito bons, mas às vezes não somos tão bons em gerar alternativas para mudanças sociais”, criticou.
Caminho de conversão
- Formação: processo contínuo, pessoal e comunitário;
- Compromisso: defesa da fé, valores e concepções de uma sociedade mais justa e da criação;
- Diálogo: participação no debate sobre os problemas que estão na agenda do sistema político, a opinião pública e nas organizações sociais;
- Testemunho: dar a conhecer a Cristo com uma vida plena;
- Missão: Igreja em estado permanente de missão. A opção pelos mais pobres e excluídos é um traço que nos marca;
- Mobilização: gerar ações concretas, plausíveis;
- Protagonismo juvenil: a melhor forma de fazer algo em favor dos jovens é empoderá-los.
“Não se pode criar conversão sem criarmos vínculos com a pessoa de Cristo. A conversão não é moral, por doutrina, mas ontológica”, disse.
Fonte: Texto de Ir. Paulo Martins, publicado em Pastoral da Juventude-CNBB.