A memória é uma reconstrução criativa e a lembrança acontece na medida em que o indivíduo se coloca desde o ponto de vista do outro. A interação entre memória individual e memória coletiva se assenta na história vivida que se perpetua ou se renova através do tempo e do espaço.
Sabemos que o esquecimento pode ser visto como um dos mecanismos utilizados pelas culturas hegemônicas e colonizadoras para apagar a memória coletiva certos elementos da tradição que estão presentes na memória coletiva.
É a imposição de um a espécie de esquecimento obrigatório, no entanto, esquecimento e memória devem ser vistos como instrumentos de ação, onde os fatos selecionados pelos indivíduos e/ou comunidade e o esquecimento demarcam a originalidade do que é narrado e testemunhado. Entendemos a memória como a capacidade de reter fatos e experiências do passado e retransmiti-los às novas gerações.
Nesta perspectiva o caminhar das comunidades cristãs tem no compromisso de vida e de construção do Reino assumido por Frei Tito de Alencar um importante testemunho. O combate às práticas que violentam e dilaceram vidas encontram na vida e firmeza de Frei Tito e de muitos irmãos e irmãs a viver plenamente o amor entrega pela vida (ágape).
Vidas pelo Reino!
Nós do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI) queremos juntar as nossas vozes aos anseios e à proposta das Comunidades, Movimentos e Pastorais de manter viva a memória de Frei Tito de Alencar.
A sua luta e entrega pela vida não pode ser esquecida. Que não esqueçamos sua profecia e compromisso. A memória cultural aí assentada nos provoca a manter viva a chama do Evangelho encarnado na vida e de uma eclesialidade comprometida nas transformações e defesa dos pobres.
Pela Casa e Memorial Frei Tito de Alencar para que o seu compromisso de vida esteja presente em nossas lutas e caminhada pela construção de um mundo melhor.
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Nota pela Direção Nacional do CEBI.