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CEBI-PA Comunidades de Barcarena, Pará, estudam o Evangelho de Mateus

Nos dias 20 e 21 de maio deste ano, realizou-se na Paróquia de Barcarena, Pará, o 1º Encontro de Animação Bíblica, com a presença de 134 pessoas, oriundas das várias comunidades da área paróquia.

O Tema do Estudo foi “O Evangelho segundo Mateus, a partir da Não – Violência”. Esta formação teve a assessoria de Fátima Valente, pós-graduada em Assessoria Bíblica no curso do DABAR, uma parceria entre CEBI e Faculdades EST (Escola Superior de Teologia da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil).

Para início de conversa, houve, na primeira parte da manhã, uma visão geral sobre a Bíblia para ver como estão nossa intimidade e conhecimento dos escritos bíblicos. Vimos como a Bíblia está dividida, o significado da palavra “Biblos” e de onde se origina. Vimos também como, quando, onde, por que, para que foi escrita, e quem escreveu. Visualizamos, no mapa, a terra do mundo bíblico, conhecida como “meia lua fértil”. Falamos também sobre as línguas em que a Bíblia foi escrita, sobre as diferenças que há entre as Bíblias de edição católica e as de edição evangélica, além de outros esclarecimentos.

Nesta primeira etapa, iniciamos o estudo do Evangelho de Mateus, apresentando as comunidades de Barcarena à comunidade de Mateus. A dinâmica foi da seguinte forma: a partir de uma estrutura sugerida, todas as comunidades responderam onde estão localizadas, qual a situação social, política, econômica e religiosa, quais as ameaças e as resistências. Feito essa memória, foi a vez das comunidades de Mateus apresentar sua realidade. Esse momento foi muito interessante, porque ajudou-nos a perceber o cenário em que viviam as comunidades no tempo que foi escrito este evangelho, as situações vividas pelas comunidades, os problemas e as interrogações e a reafirmação do Evangelho de Mateus enquanto projeto de esperança e resistência ao projeto de morte que estavam sofrendo. Depois, vimos como, em meio essas crises, a comunidade se torna uma referência de resistência e consegue criar sua própria identidade, assumindo a vivência e anúncio da chegada do Reino dos Céus para todos.

Analisando as comunidades mateana a partir dessa metodologia, foi possível perceber o quanto nossas comunidades hoje vivem uma crise de identidade e precisam urgentemente buscar saídas para superar esses tempos difíceis. A travessia é difícil, perigosa, mas necessária. Como comunidades, temos que ser referência aos “pequeninos” do nosso tempo e criar entre nós relações de justiça e vida plena.

Na noite do sábado, fizemos uma oficina de estudo lançando mão do texto de Lucas 24,13-35. Foi uma orientação sobre como formar grupos de estudos bíblicos a partir da dinâmica do caminho de Emaús. É que a Paróquia tem, em seu projeto, a proposta de formar escolas bíblicas em todas as comunidades.

Na manhã de domingo, trabalhamos a estrutura do Evangelho de Mateus. Concluímos com um trabalho de grupo, utilizando o texto de Mateus 14,22-36 com a seguinte reflexão: Como essas comunidades, em meio à violência, às divisões, às diferenças e aos conflitos, se tornaram um espaço de convivência fraterna e resistiram à violência do império e do poder religioso.

A partir dessa leitura de Mateus, como podemos superar hoje a falta de diálogo, de compreensão, de solidariedade, a falta de acolhimento entre nós?

E, no final, encerramos o encontro com um delicioso almoço e uma calorosa despedida.

Fonte: CEBI PA.

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