"Essa seleção de textos bíblicos foi a que eu mais gostei, porque falou do rei Davi e da Rute. A Rute foi uma mulher boa; ela não pensou só na vida dela; ela ajudou a sogra dela". Palavras do Patricky, 11 anos, em ocasião da segunda etapa da IV Escola Bíblica de Crianças e Adolescentes, que aconteceu nos dias 29 e 30 de junho de 2013, na cidade de Carmo do Rio Verde.
Além do Patricky, que destaca relações alicerçadas na bondade, fidelidade e no amor, apesar das diferenças culturais e religiosas entre Rute e Noemi, a dolescente Débora, 12 anos, diz: "Eu gostei de tudo, principalmente da parte sobre a juíza Débora. Ela era corajosa; eu me identifiquei com ela e ela é minha xará". Essa fala também nos instiga a enxergar a criança/adolescente como pessoa capaz de refletir sobre a vida e a bíblia, de
acordo com as experiências próprias da idade.
Ainda nessa dimensão do protagonismo, quando Matheus, 9 anos, destaca: "Gostei do filme do grupo de teatro que fala que uma pessoa não tem que coordenar sozinha o grupo, mas tem que contar com as ideias, a ajuda das outras pessoas", ele nos faz refletir que os "reizinhos mandões e as rainhas mandonas" podem estar em qualquer lugar. Só poderemos falar em protagonismo das crianças, adolescentes e juventudes quando na condição de pessoas adultas facilitadoras de processos formativos, realmente construirmos espaços de diálogo e partilha e sabermos o momento de "sairmos de cena" para que o grupo construa coletivamente a sua caminhada.
Cleres e Múria, 02 de julho de 2013.