CEBI 40 anos

CEBI CE: Fazer memória, como um povo de griots – Celebrando os 40 anos do CEBI.

Embalados/as pelos lugares sagrados onde o CEBI nasceu no Ceará, e pelas doadas ao longo dessa história, fizemos memória para continuar sendo sinal de vida no chão do Semiárido.

 

No trem da história, fazer memória é recordar os sinais de vida que embalam nossa caminhada; é lembrar as pessoas que construíram os cenários favoráveis para que estivéssemos hoje, aqui; fazer memória é um exercício da gratidão, mesmo esse termo estando tão gasto hoje.

 

O Cebi do Ceará, na dinâmica da recordação, realizou, em 2019, algumas atividades para recordar e Celebrar os 40 anos do CEBI Nacional e os 35 anos do CEBI – CE.

Realizou o último encontro do ano do Extensivo Bíblico, em Crateús, cidade do sertão cearense. Lugar onde o Cebi nasceu aqui. Terra de força. Chão duro, onde aprender a conviver com o Semiárido é a única saída para não ser vítima do êxodo rural. Acho que foi lá, em novembro, a nossa primeira experiência de fazer memória dos 40 anos do Cebi. Voltamos às origens. No meio da caatinga seca, qual povo que caminha no deserto, nos conectamos com as histórias de quem possibilitou que estivéssemos lá, naquele momento, nos alimentando do maná da vida. Essa história foi construída por gente, com suas limitações, alegrias, dores, entusiasmo, decepções, sonhos e forças.

Esse momento nos fez lembrar e rezar: o centro, não é o centro. Ou estamos nas periferias, ou não estamos e não somos. Ou estamos na luta, ou não estamos e não somos. Ou nos deixamos libertar pela Palavra, ou continuaremos presos/as nos nossos egoísmos, nas ações só pela manutenção, no academicismo e vaidade de “saber ler” a Bíblia.

Ainda em sintonia de comemoração realizou também o último encontro de Facilitadores/as, fizemos memória e estudamos o texto: 40 anos de serviço do CEBI, de Carlos Mesters. Recordamos a história desde a fundação até os dias atuais, nos comprometendo cada vez mais a voltar ao “Primeiro Amor: A palavra a serviço da vida, devolver a palavra ao empobrecido”.

Outro momento forte de memória aconteceu na nossa Assembleia Anual. Um resgate coletivo de quem somos, de onde viemos e, mais uma e vez, de recordação das pessoas que vieram antes de nós.

Noite dos/as Griots – Os/as guardiões/ãs da Palavra

Na África Antiga, os/as Griots eram as pessoas que contavam as histórias, mensageiros da tradição milenar dos povos daquelas comunidades. A personificação da importância e força viva da oralidade. Nos faz lembrar nossos avós, quando contavam os “causos”, no sertão, pra netaiada atenta, curiosa, no final da tarde com a lua já reinando e o céu começando a estrelar.

Somos continuadores/as da história e, nessa dinâmica de doação da vida e da construção de quem somos, das várias vidas que marcaram nossas vidas, e do chão da nossa ancestralidade, também nos encontramos após o primeiro dia da nossa assembleia para fazer memória dessas histórias que embalaram nossa vida.

Também somos Griots, e no quintal da casa do Cebi, mesmo com as luzes da cidade dissipando o estrelado do céu e os sons urbanos em conflito com o som dos bichos, contamos as nossas histórias. O Cebi é tecido a partir das nossas vidas, das nossas limitações, das nossas histórias.

Celebrar esse tempo de existência do Cebi, é celebrar a vida de cada pessoa que passou e que está nessa construção coletiva. Que nunca percamos o horizonte da solidariedade, da coletividade e da promoção da vida. Sem amarras, leis e regras que barram os sonhos e a acolhida fraterna, sem reproduzir os sinais de morte já tão evidentes e esmagadores da vida na nossa sociedade.

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