Oremos por quem não têm vez nem voz, para que não sejam escravos de ninguém.
A nossa fé deve se basear na pessoa de Jesus Cristo, na sua encarnação, no seu Amor, no seu sacrifício, em seu sangue precioso que nos purifica. E não nas circunstâncias.
Vivendo num mundo líquido, como diz Bauman, onde não há segurança em nada. Onde impera a tecnologia e com ela a obsolescência das coisas. Compro hoje, amanhã jogo fora e compro outro, novo e atualizado. Nada do que possuímos de material nos pode garantir o amanhã, senão a providência divina. Tudo por aqui muda de uma hora para outra. Mas não o nosso Deus e a Sua Palavra.
Cristo venceu o mundo, o pecado e a morte. Nem todos o reconheceram e o aceitam. O número de fiéis em geral é sempre pequeno. Há os que querem ver o milagre e o pão. Há os que querem prosperidade materialista. Há os que querem efetivar o seu projeto de verme humano sem pensar no coletivo, sem pensar na mensagem real do Evangelho. Nossa esperança não se firma na humanidade nem em coisas passageiras, mas na pessoa que é o próprio Deus que transcende tudo.
Que o Espírito de Deus, Sopro divinal, nos conduza em meio às turbulências do século presente para chegarmos ao porto segura. Que não está lá em cima. Está lá na frente. Lá veremos nosso mestre face a face. Reconheceremos a ele nas pessoas.
“Plantaremos nossas próprias vinhas e construiremos nossas próprias casas” (Isaías 65.21).
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Texto de Enilson Vasconcelos da Silva (São Paulo-SP), publicado no livro Sementes meditações diárias: Compaixão e Justiça Social. Publicado por Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e Diocese Meridional.