Os dois novos módulos do Disque 100, que receberá também denúncias de racismo, foram lançados nesta quarta (16), na abertura da 3ª Conferência Nacional de Juventude. O serviço, que já recebe denúncias de violações de direitos humanos contra diversos públicos, passa a contar com um novo módulo que receberá denúncias de violações contra a juventude negra, mulher ou população negra em geral; e outro módulo para denúncias de violações contra comunidades quilombolas, de terreiros, ciganas e religiões de matriz africana.
"O Brasil é um país negro, construído por negros e negras e precisamos respeitar o povo negro brasileiro. O lançamento do serviço é uma conquista para o povo negro e para o Brasil. O serviço vai ser fundamental para combater o racismo enraizado no nosso país, que nem sequer superou um longo processo do escravidão. É importante combater a violência contra a juventude negra. Mais de 70% são negros dos jovens assassinados são negros. Isso é inadmissível. Outro ponto é a intolerância às religiões de matriz africana, que sofrem de ataques históricos. Precisamos de mais respeito, mais tolerância e menos racismo", afirma o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina.
Para o Secretário Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Ronaldo Barros, trata-se de mais um importante instrumento de enfrentamento ao racismo que o governo brasileiro oferece à população negra.
“A população negra brasileira passa a contar com este importante instrumento para o enfrentamento ao racismo e à intolerância religiosa. Não podemos nos calar diante da violência, seja ela qual for, e o que o governo faz agora é oferecer mais caminhos para que a população negra não se cale e denuncie a violência que tem como motivação o racismo”, declara.