A Conferência foi formada por arenas de debates sobre questões de gênero, machismo, acesso às tecnologias, políticas de drogas, entre outros, além de performances e mostras artísticas que buscaram levar reflexões sobre os direitos da diversidade jovem brasileira. E contou ainda com a participação de figuras políticas como a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica.
No último sábado (19), durante a plenária final da atividades os mais de dois mil jovens jovens presentes elegeram as três propostas de políticas prioritárias para a juventude. Dessa forma, ficaram estabelecidos três eixos do Estatuto da Juventude a serem trabalhados: segurança, território e participação.
No eixo sobre “segurança” foi estabelecida a contrariedade à redução da maioridade penal e o pedido de “cumprimento efetivo das medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.
Na pauta “território”, a proposta é de ampliação e aceleração do processo de Reforma Agrária e regularização fundiária, além do reconhecimento e demarcação de terras de povos tradicionais, para assim, “acabar com as práticas forçadas de remoção de seus territórios”.
Por fim, em relação à “participação” a ideia é de “garantir a implantação do Sistema Nacional de Juventude composto por órgãos gestores, conselhos e fundos de públicas de juventude, nas três esferas administrativas para direcionar as políticas e ações para a juventude em âmbito nacional, estadual e municipal.”
Na Conferência ainda teve o lançamento de um serviço de denúncia das violações de direitos humanos contra a juventude negra, com a criação de dois novos módulos do Disque 100. O serviço, que já recebe denúncias de violações de direitos humanos em geral, agora passa a contar com um novo módulo que receberá denúncias de violações contra a população negra especificamente e outro módulo para denúncias de violações contra comunidades quilombolas, ciganas e de religiões de matriz africana.