O procurador chefe da matéria indígena no estado, Emerson Kalif, mostrou preocupação com a causa indígena e principalmente com o genocídio do povo Guarani-Kaiowá. Kalif também manifestou apoio ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que sofre grave processo de criminalização pelo lobby de fazendeiros. Há uma proposta de CPI contra a organização na Assembleia Legislativa do MS.
O procurador afirmou que sua atuação tem se baseado na efetivação dos direitos dos indígenas, independentemente de qualquer posicionamento ideológico particular. “Precisamos atuar indo às comunidades, conhecendo a realidade e não pactuando com qualquer ação criminosa, menos ainda com a violência armada, fora da lei”, observou.
Ao lembrar de Oziel Gabriel, Terena morto, em 2013, por arma de fogo em uma reintegração de posse na terra indígena de Buriti, MS, o procurador foi às lágrimas. Ele reviveu o que chamou de cena de guerra, em que a Polícia Federal se mostrou despreparada para lidar com a situação de conflito.
“Entre todas as etnias se sabe que as condições de vilipêndio dos Guarani é extrema, mesmo comparadas as de outras etnias do MS, que também sofrem consequências das violações de direitos”, ressalta. Mesmo assim, Kalif não perde as esperanças: “Vou e volto das aldeias e me sinto muito mais forte. Apesar de ver a falta material, sei que isso não importa tanto para eles desde que possam dividir alguma alegria e pequenas vitórias”.
#CPIdoGenocídioJá #ContraCPIdoCIMI