Em sua primeira manifestação oficial à opinião pública como primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), dom Francisco de Assis da Silva reafirmou o compromisso profético da denominação em denunciar a injustiça, a opressão e a violência cometida contra mulheres, "por entender que este pecado aflige a Deus em seu próprio Corpo".
A Província brasileira aderiu à Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, introduzida há 22 anos por 23 mulheres de diferentes países que se encontraram em reunião do Centro de Liderança Mundial para Mulheres (Center for Women´s Global Leadership).
Os 16 Dias de Ativismo englobam outras datas lembradas no período. Em 1981, o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe declarou o 25 de novembro como Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres.
O 1. de dezembro é o Dia Internacional de Luta contra a Aids, declarado pela ONU, e o dia 6 de dezembro reporta-se à Campanha do Laço Branco – Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher, iniciada em 1989, quando 14 jovens mulheres foram assassinadas no Canadá pelo fato de serem estudantes de Engenharia.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos é comemorado a cada ano no dia 10 de dezembro. No Brasil, ainda se inclui neste calendário o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro. O primaz anglicano frisou, na mensagem, que as mulheres negras, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), são vítimas de mais de 60% dos assassinatos de mulheres cometidos no país.
Dom Assis da Silva pede que dioceses e congregações orem e realizem atividades especiais nesses dias como compromisso profético de diaconia social e política da IEAB.